domingo, 29 de dezembro de 2013

Retiro do fim de ano


Retiros são associados a espaços religiosos. 

Em locais preservados, são construídos de forma propícia à oração e à meditação. 










Mosteiros e conventos, com frequência, abrem suas portas aos fiéis em busca de tal refrigério da alma. 








 Sempre podemos entender o Retiro, entretanto, inserido na dimensão maior de Religião, aquela que nos re-liga a algo maior do que nós mesmos, esquecido no bulício do dia-a-dia. 
Sobe-se uma Montanha quando se entra em um Retiro
 Matas nativas bordejando o terreno...

... uma das muitas paisagens que se nos descortinam.

Gramados bem cuidados são sinal de trabalho
constante e serena disciplina.
Trilhas, muitas trilhas enfatizam a pluralidade dos caminhos.
Animais de fazenda convivem com os da florestas em pastos que com elas se mesclam 


O açude na floresta
O voto de silêncio que os acompanha deveria ser compulsório a alguns períodos do ano, para a necessária revisão a nossa lealdade aos melhores de nossos compromissos para conosco mesmos e para com o próximo. 
Janelas largas com árvores em flor na sala de estudos 
Janelas estreitas dando para um palmital no refeitório 

Não há noite escura na alma  ...                             ... se o luar torna claro o pensar.




Dentro deste contexto, a beleza da natureza tem papel privilegiado. 
Alguns espaços condensam tantas formas lindas que se fazem um Jardim na Terra. 

Observar o jogo sutil de sombras do sol na grama é exercício de puro deleite.
Será este ser elegante pernalta que entra e sai de nosso ângulo de visão
uma ave do Paraíso? 

De perfil, o macho tem a cauda mais longa; de frente, são iguaizinhos 

Contemplar a Glória dos mil tons de verde, com o espírito silente, é, em si mesmo, um ato sagrado.

Pinheirais de todos os tipos, antigos, novos, formando veredas para o meditar, em círculos, coalhados de pinhas...

Suas dádivas são de simplicidade e leveza exemplares.



Que possamos trazê-las para as nossas Festas íntimas, neste final de 2013!   

Como a lembrança do aroma das pinhas entrelaçada à do voo dos passarinhos...

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Natal no Municipal

Todas as grandes metrópoles têm seu evento cultural de Natal: Missas Cantadas e Sinfonias são a marca registrada desta época nos grandes centros da Europa e América do Norte. No Rio de Janeiro, temos o Quebra Nozes no Teatro Municipal, que, pouco a pouco, vem se constituindo em uma tradição para adultos e crianças.

Aproveita-se para apreciar, antes de começar a apresentação, o belo efeito da recente restauração, 

no hall de entrada, enfeitado com a árvore natalina tradicional

 e na sala de espetáculos.




O Quebra-Nozes (em russo, Щелкунчик, Балет-феерия / Shchelkunchik, Balet-feyeriya; em francês Casse-Noisette, ballet-féerie) é um dos três balés que Tchaikovsky compôs. 

Foi estreado em 17 de dezembro de 1892 no Teatro Mariinsky, em São Petersburgo, então a capital da Rússia imperial. Baseia-se na versão de Alexandre Dumas, pai de um conto infantil de E. T. A. Hoffmann, O Quebra-Nozes e o Rei dos Camundongos. Devido à sua temática, é tradicionalmente encenado na época natalina.
ballet conta uma história em que a fantasia e magia, típicas do romantismo, contam as aventuras de um quebra-nozes de aparência humana, vestido como um soldado. mas com pernas muito longas 
A protagonista, Clara, gostava tanto da sua aparência que o pediu como presente de Natal ao seu padrinho. Assim, o padrinho Herr Drosslmeyer, fabricante de relógios, disse: "Era precisamente para ti". 
Logo em seguida, Clara experimenta-o e vê que ele quebra as nozes sempre sem perder o seu sorriso e também com grande eficácia. Seu irmão Fritz, que tinha visto o funcionamento do quebra-nozes, também quis usá-lo, mas escolhe as nozes maiores que havia no cesto. Então, o quebra-nozes, sendo usado grosseiramente pelo irmão dela, acaba tendo um de seus braços quebrados. Diante das reclamações da pobre Clara, seu pai, o juiz Stahlbaun, entrega à filha o seu quebra-nozes como propriedade exclusiva, tendo Fritz que sair para brincar com os seus brinquedos. Logo em seguida, Clara pega no chão o braço de quebra-nozes e o consola, abraçando-o até que ele durma, e ela mesma também acaba dormindo.  
Clara então sonha que volta ao esconderijo onde havia colocado o seu quebra-nozes, mas encontra o salão cheio de ratazanas enormes que o seu padrinho Dosselmeyer criou. A casa desapareceu e no lugar onde ficavam os móveis estavam árvores gigantescas. Não foi só isso que mudou: o Quebra-Nozes de Clara agora é um soldado de carne e osso e que tem às suas ordens um pelotão de soldados como ele. Começa uma batalha entre as ratazanas e o pelotão do Quebra-Nozes. Jogando enormes sapatos até às ratazanas, os soldados vencem a batalha, e com isso o rei das ratazanas e seu exército fogem rapidamente.
O bosque se transforma numa estufa de inverno e o Quebra-Nozes em lindo príncipe, que leva Clara até o Reino das Neves, onde a apresenta ao rei e à rainha. Fim do 1º Acto.
Cenas do final do 1º ato no Ballet deste ano no Municipal do Rio 


Ato II
Clara e o príncipe Quebra-Nozes despedem-se e seguem para o Reino dos Doces pelo Caminho da Limonada, onde pastéis de todos os reinos do mundo dançam com os dois.

Depois desse sonho tão mágico e fantástico, Clara acorda e percebe que havia sonhado, e fica triste por isso. Assim, vai se despedir do padrinho mago, que tinha ido para casa na companhia do sobrinho. Então, para surpresa de Clara, o tal sobrinho é na verdade o príncipe Quebra-Nozes. Assim acaba o 2º Ato.

O Quebra-Nozes no Theatro Municipal do Rio de Janeiro

A versão de O Quebra-Nozes normalmente dançada pelo Ballet do Theatro Municipal carioca foi concebida pela bailarina e coreógrafa Dalal Achcar, estreou em 1981 e foi dançada completa nesse teatro novamente em 1983, 1984, 1985, 1986, 1992, 1994, 2001, 2007, 2010, 2011 e 2012 e em São Paulo em 2009. Compõe-se de um Prólogo com duas cenas, um Primeiro Ato e, após o intervalo, o Segundo Ato.
A primeira cena do Prólogo, bem rápida, transcorre em frente à casa dos Von Stahlbaum. “Através das janelas iluminadas podemos perceber o movimento dos preparativos para a festa de Natal.” 


A segunda cena do Prólogo mostra a festa de Natal na casa dos Von Stahlbaum. 

O misterioso doutor Drosselmeyer chama a atenção de todos com seus truques e mágicas e presenteia sua afilhada Clara com um quebra-nozes que imita um soldadinho. O irmão Fritz, com inveja, arrebata o quebra-nozes da menina e acaba por quebrá-lo. 
Mais tarde, quando os convidados já foram embora, Clara, que esqueceu o quebra-nozes junto à árvore de Natal, volta para apanhá-lo. O relógio anuncia a meia-noite. Clara, "sentada em uma cadeira, assusta-se com o ruído de ratos e com a estranha imagem do doutor Drosselmeyer, que faz com que a Árvore de Natal cresça à frente de seus olhos. 


Os bonecos adquirem vida e travam uma luta contra os ratos." O quebra-nozes, que foi o capitão do pelotão de soldados, transforma-se num belo príncipe e convida Clara para acompanhá-lo numa visita a dois reinos encantados.
O Primeiro Ato transcorre no Reino das Neves. 
Ninfas dançam na floresta de ciprestes até que começa a nevar
E o príncipe e a princesa se unem às ninfas enquanto a neve cai...
O Segundo Ato, se passa no Reino dos Doces e Confeitos. Um Mago introduz Fadas para realizarem as fantasias de Clara. 

Sentada no trono real, a menina assiste a  uma sucessão de danças: espanhola, chinesa, árabe, russa,  Bombonière, das flores ...

Sob o olhar da bombonière ela brinca com os doces.


Segue-se o Pas-de-deux da Fada Açucarada com o Príncipe Quebra-Nozes. 

“Finalmente todos dançam a valsa de despedida para Clara e o Príncipe, que retornam para casa. Será que Clara sonhou?”
Será que sonhamos todos, nos compassos da fantasia? É hora de voltar para o real?

Mas hoje é Véspera de Natal! Que os nossos devaneios felizes, continuem mais um pouco, embalados pelos enfeites e gulodices da Árvore de Natal!  

Feliz Natal para todos! 

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Mandela: a imortal busca da liberdade



Que a expressão artística, em um deserto, e uma canção, em um supermercado da África do Sul, sejam nossa homenagem ao grande líder, sempre conosco enquanto memória e  inspiração, em meio a nossos particulares e públicos empecilhos à procura infindável.