Como recuperar contato com uma paisagem icônica do Rio, conhecida desde a infância, visitada então nos passeios dominicais, evitando a horda de turistas alheios à desejada comunhão com a floresta?
Lá indo de manhã cedinho, inserindo a Vista Chinesa na caminhada matutina .
O dia apenas desponta e os dragões do mirante bocejam lentamente, o vapor de sua respiração misturando-se à bruma matutina.
Lá longe, desembaraçando-se da névoa como de um lençol de alva cambraia, o sol baço ilumina suavemente a paisagem encantadora, também ela encoberta nas espumas do sono e do sonho...
Até a Mesa do Imperador, outro ícone carioca, são dez minutos de caminhada 'up the hill'.
Há um recuo na estrada para veículos que perderam as vagas da Vista. A antiga larga mesa de pedra onde D. Pedro repousava da subida virou um banco onde, agora, ciclistas e corredores descansam.
Continuando a caminhada, passamos por recantos com mesinhas ou com aparelhos para exercícios...
E pela bica com água de nascente que sacia a sede do exercício
E por recortes de nossas montanhas nas brechas da folhagem.
De volta ao ponto de partida, o pagode cintila ao sol que, enfim, se espreguiça em leito de alvuras...
Abaixo, a Zona Sul semi se desvenda, as águas da lagoa não querendo se separar das nuvens do céu ainda.,, sequer são nove horas de um domingo !
O Pão de Açúcar e o Corcovado se dão "Bons Dias", também sem pressa de se desembaraçar das brumas...
Agora, o trânsito até então quase exclusivo de caminhantes, corredores e ciclistas, começa a receber jipes de passeio e motocicletas. Mas os poucos carros trafegam devagar e todos se cumprimentam pela estrada, erguendo as vezes os polegares para incentivar o esforço do companheiro desportista !
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Notem o carro de patrulha. Toda a área é bem policiada.
Eis um exemplo perfeito do início de um dos domingos típicos dos cariocas da montanha!
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