segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Fotos nos Fortes


Cariocas da Montanha amantes de fotografia em busca de uma ocasião a mais de exaltar a beleza de nosso pedacinho de Terra, Céu e Mar, animai-vos!

A Fundação Cultural do Exército – o FUNCEB –  realiza seu segundo concurso fotográfico – o Concurso Fotográfico FUNCEB 2013. A proposta é incentivar o registro do patrimônio material e imaterial do Exército Brasileiro, valorizando a cultura militar em todo o território nacional, cuja história nem sempre é sequer bem conhecida.
Foto que tirou o 2º lugar em 2012 :   Amir Cury • Niterói/RJ. 

Fortaleza Santa Cruz , NIterói, RJ.
A participação é simples: o interessado precisa enviar uma imagem digital que contemple cenas do patrimônio cultural do exército brasileiro (sejam fortes, fortalezas, quartéis ou mesmo rituais, cerimônias, personagens), concordar com as regras do concurso (entre elas, assegurar que a foto é de sua autoria e propriedade) e descrever a imagem enviada. 


Foto de participante do concurso 2013 

Tudo isso é feito pelo site da FUNCEB, entre 10 de dezembro de 2012 e 08 de março de 2013. As imagens serão escolhidas por um júri especializado e as finalistas integrarão uma exposição itinerante. Os vencedores do concurso receberão prêmios de R$ 5 mil reais (1º lugar), R$ 3 mil reais (2º lugar) e R$ 1 mil reais (3º lugar) , e serão convidados a participar da cerimônia de premiação, no Rio de Janeiro. 

O concurso tem o apoio da Azul - Linhas Aéreas Brasileiras.






quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Fragmentos poéticos do cotidiano: Estático Verão


Pretensão de implosão definitiva
Da sombra furtiva


Intensidade em desatino
Fixo sol a pino


Céu e mar psicodélicos
E calafrios elétricos





Qualquer impulso catártico contido
Em suor convertido









Ah, anseio do Temporal,
Da transgressão à rotina do Bem e do Mal! 








sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Doze escolas (de Samba) e um enredo (do Cavalo)



Alguns cariocas da montanha insistem em que as escolas de samba são um capítulo à parte dentro do Carnaval. Que há tanta arte e engenho e pesquisa histórica e esplendores estéticos ali envolvidos que merecem uma menção honrosa nos anais da douta carioquice!

Comissão de frente da Beija-Flor: o Dragão e São Jorge

Como a possibilidade de gravar a longa infinita passagem das escolas (ai, que sono...) nos permite posterior seleção, uma amiga – conhecedora exímia do tema e que tinha registrada a epopeia das doze escolas principais – nos convenceu a dar uma olhada numa delas... Naquela cujo enredo nos é de particular predileção: o Cavalo (ver postagem de 10/8/12 ).  E foi realmente prazeroso assisti-la!


Detalhes do Dragão - o mítico cavalo de fogo-
(acima) e de São Jorge - o cavaleiro que o venceu (à direita)  



Foi o segundo lugar na classificação deste ano. E pelo sua homenagem à jornada equina pela Grande Terra e por nossa gentil terrinha merece o nosso registro.

Enredo da Beija-Flor de Nilópolis de 2013

"Amigo Fiel, do cavalo do amanhecer ao Mangalarga Marchador"


Em seu enredo a  Beija Flor  homenageia o cavalo de raça brasileira que surgiu há mais de 200 anos no transporte do ouro de Minas Gerais para a Corte, no Rio de Janeiro. A ideia tem patrocínio da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Mangalarga Marchador.


Sinopse

Diz o Cavalo: 

"Amigo, sou um animal feliz e venho contar a minha história. Nasci pequenininho, no início da evolução animal, e cresci de acordo com o tempo, me tornando inteligente, companheiro, amável e elegante.


Na pré-história os pequenos cavalos serviam de alimento


Detalhe do 'churrasquinho de cavalo'
"Quando o Homem deixou de ser nômade para fixar sua morada, deixei de ser selvagem para acompanhá-lo, e me tornei o fiel amigo dos viajantes, ajudando a matar a sua sede, uma vez que com o bater dos meus cascos no solo, descobri e fiz jorrar refrescantes fontes de água. Usei ainda a minha força para a agricultura e migração, transportando homens e mercadorias, de um lado para o outro, fazendo crescer os povos."


Dentre as fantasias deste carro, algumas feitas de capim desidratado


"Com o florescer das grandes civilizações, preparei-me para as adversidades. Desempenhei um papel fundamental de força e fidelidade, indispensável nas disputas por poder e glória, nas lutas engajadas por imponentes realezas. 



Vi-me rodeado por escudos e lanças, espadas e vitórias. Materializei-me como um gigante cavalo de madeira, invadindo e destruindo Tróia, como um “presente de grego”, atravessando assim o limiar do tempo e do espaço."






O carro e alas relativas às grandes civilizações foram os mais bonitos, a nosso ver, do desfile. Começaram com uma alegoria aos guerreiros de terracota de Xian. 

Ala dos guerreiros de terracota de Xian

Ver os detalhes desta ala como a roupa da porta-estandarte, com cabeças de cavalos na saia. 
 

"Eternizado em lendas num mundo de encantamento, povoei a mente de povos antigos. Entre os deuses, fui escolhido o condutor divino das cortes celestiais, criando um misticismo riquíssimo de significados, que influenciaram o comportamento humano e o infinito de sua imaginação."

As várias civilizações - ocidentais e orientais - que utilizaram o Cavalo foram representadas. 


"Sob a forma de um magnífico presente de Alah, sou o símbolo da criação ao reunir em meu espírito as qualidades de outros animais: olhos tão potentes quanto os da águia, o faro tão sensível quanto o do lobo, a velocidade da pantera, a resistência do camelo, a coragem do leão, a memória privilegiada do falcão, a elegância do caminhar da corsa e a fidelidade indiscutível do cão. 
E no fogo cigano da purificação, conduzi meu senhor aos campos celestes da libertação final."


"Com quatro patas e uma força incrível, fui o companheiro legítimo que puxou carroças, charretes, carruagens e bondes, ajudando os caixeiros viajantes, facilitando o comércio, e colocando o mundo em movimento e expansão.

A trajetória do cavalo no Brasil em tons dourados...



Ao chegar na Europa, centro do Velho Mundo, tornei-me a relíquia da nobreza. Em Portugal, conhecido como Alter-Real, a estrela que voa, fui a raça estimada pela Corte lusitana.

.... e nos tons azuis do Alter-Real



No então chamado Novo Mundo aportei, sendo presenteado pelo rei português ao Barão de Alfenas, e do cruzamento com as raças ibéricas, que aqui chegaram na época da colonização, renasci como o sangue puro do Brasil, no sul de Minas Gerais. Terra que reunia diversos núcleos produtores como ouro, pedras preciosas e café, que garantiam o abastecimento da corte, então sediada no Rio de Janeiro. Quantas viagens eu fiz por essas fazendas e pelos caminhos da Estrada Real entre Minas e Rio, onde transitavam vários protagonistas da história construída sobre o meu dorso."


"Surgi como a estrela dessa terra... Eu sou o Mangalarga Marchador; um animal sem fronteiras, uma grande paixão, de beleza forte, andar macio e comodidade que me fizeram brilhar. Sou esplendoroso, ágil, leve, sadio, ativo e dócil, detenho qualidades extraordinárias que lançam a minha raça, genuinamente brasileira, no cenário mundial, espalhando-se pelos caminhos da vida.
(outro marchador)"


O brasileiro bailarino Marchador



Samba-Enredo da Escola 

Compositores: J. Veloso, Ribeirinho, Marquinho Beija-Flor, Gilberto, Silvio Romai e Dilson Marimba. Participação: Claudio Russo
Intérprete: Neguinho da Beija-Flor

Sou Mangalarga Marchador!

Um vencedor, meu limite é o céu!
Eu vim brilhar com a Beija-Flor...
Valente guerreiro, amigo fiel!  

A madrinha da escola 
Eu vou cavalgar, pra encontrar

A minha história nesse mundo de meu Deus!
Venho de longe de uma era milenar,
Fui coroado quando o dia amanheceu!


   Brilha, estrela guia... Um viajante, a sua sede a matar!
Presente de grego, que grande ironia

Herói das batalhas, real montaria!


O cavalo deTróia, of course !


Com asas surgiu do infinito, tão claro mito..
A joia rara de Alah!
Cigano... Buscando a purificação!




No carro cigano, duas tradicionais famílias zíngaras exibiam sua beleza.

Mostrando elegância e bravura,

A minha aventura se torna canção!

É o bonde que vai, carruagem que vem...


Na viagem que trás, o amor de alguém!
Indomável corcel, alazão da Coroa...
Troféu da nobreza, estrela que voa! 


Amigo do Rei, pela estrada lá vai o Barão!

Sul de Minas Gerais, galopei...
A riqueza da mineração!
Café me fez marchar... Ao Rio da corte a bailar!
Acreditar... Que fui a raça escolhida!



Sou um puro sangue azul e branco,

Um acalanto... a mais sublime criação!


Sou eu o seu cavalo de batalha,

Se a memória não me falha...
Chegou a hora de gritar é campeão!



Sou Mangalarga Marchador!

Um vencedor, meu limite é o céu!
Eu vim brilhar com a Beija-Flor...
Valente guerreiro, amigo fiel!  


Ouvir o samba em:

http://www.youtube.com/watch?v=Het9Dp7I-6o

Comentário ao samba:
O samba enredo da Beija Flor para o carnaval de 2013 tem a "cara" da escola. É um samba que foi feito com o "jeitinho" que a comunidade nilopolitana gosta. É um samba que cumpre com todos os pré-requisitos possíveis para que a escola tenha um ótimo resultado. A letra é extensa - do jeito que a escola gosta - e tem como sua principal qualidade a competência de conseguir traduzir o enredo de forma espetacular. Os versos são bem elucidativos e contam passo a passo o desenvolvimento do tema sem enrolar.
Os dois refrões são fortes. São passagens que possibilitam um canto ainda mais forte. Na minha modéstia opinião o refrão do meio merece destaque. É muito gostosa a melodia dos versos "É o bonde que vai, carruagem que vem/ Na viagem que traz o amor de alguém/ Indomável corcel, alazão da Coroa/ Troféu da nobreza, estrela que voa" e tem tudo para empolgar ainda mais os seus componentes.
Sem dúvidas a Beija Flor de Nilópolis levará para a Avenida um bom samba enredo. É um samba alegre, pra cima e feliz!
Em : http://www.sidneyrezende.com/noticia/190394+a+primeira+impressao+dos+sambas+de+2013+do+grupo+especial

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Eu quero uma casa no campo!



Enquanto Momo se instala, os cariocas da montanha escafedem-se para suas plagas naturais, nos verdes e azuis arrabaldes da Maravilhosa.

Caminhando e cantando e seguindo a canção...


Eu quero uma casa no campo

Onde eu possa compor muitos rocks rurais
E tenha somente a certeza
Dos amigos do peito e nada mais


Eu quero uma casa no campo

Onde eu possa ficar no tamanho da paz
E tenha somente a certeza
Dos limites do corpo e nada mais


Eu quero carneiros e cabras


Pastando solenes no meu jardim
Eu quero o silêncio das línguas cansadas
Eu quero a esperança de óculos
E meu filho de cuca legal
Eu quero plantar e colher com a mão
A pimenta e o sal


Eu quero uma casa no campo

Do tamanho ideal, pau-a-pique e sapé
Onde eu possa plantar meus amigos
Meus discos e livros e nada mais


Onde eu possa plantar meus amigos

Meus discos, meus livros e nada mais
Onde eu possa plantar meus amigos
Meus discos e livros e nada mais


Com carinho, da Serra

Cariocas da Montanha