A poesia de Abril

E, quando retornamos à realidade cotidiana, após os muitos feriados...

Escola do Pão: excelente mas nunca aos domingos

O prédio no Jardim Botânico, no feitio de uma casinha de chá antiga, nos recebe hospitaleiro desde a fachada... passando pelo hall de entrada com piazinha de lavatório para lavar mãos entre outros detalhes charmosos. 

 Alertas para o fato de ser domingo, havíamos ido escolher mesa e horário com antecedência, atentos para ser dia de grande afluência.


Soubemos que o horário limite para reservas era 10 hs. da manhã e ao chegarmos lá, pontualmente nesta hora, a mesa escolhida estava reservada para nós.

Começa o desfile de pratos. Abrindo-o, o suco de laranja, os pãezinhos com alho, creme de mamão com mix de frutinhas secas ao lado, mingau de milho, yogurte de goiaba, geleia de goiaba e ameixa, além da saborosa manteiga. Tudo com direito a infinita reposição. Para os que o quisessem, também ovos mexidos eram então servidos individualmente.

O próximo passo foram os pãezinhos quentes, um delicioso quiche de queijo brulé e minisanduíches, de brie com damasco, de queijo derretido e mini cachorros quentes com salsicha de peru.

Preste-se atenção aos formatos e detalhes dos pãezinhos para pedir reposição.

Dentre os nossos favoritos o 'quadradinho com grãos diversos' e a 'bisnaguinha com gergelim'.

Em meio ao burburinho crescente, o  garçon Tarcísio foi extremamente solícito, sempre atendendo com grande presteza e sensibilidade sorridente a nossos pedidos.

Dentre eles , o pãozinho de queijo, sempre estalando de quentinho, era um must constante.

Entrementes, o barulho aumentava muito e a conversação começou a ficar impossível. O público presente falava muito alto, e mesmo na nossa mesa, em local mais reservado, não nos ouvíamos mais uns aos outros.

Começava a etapa dos doces, com um waffle, uma madeleine, um
biscoitinho recheado de creme, sempre
servidos com fartura.

Neste ínterim, um incidente desagradável teve lugar, quando uma pessoa impôs com prepotência, que fizéssemos lugar para uma cadeira extra para seu grupo na mesa á nossa contígua e acabou por derramar um copo inteiro de suco de laranja em uma das senhoras de nossa mesa.

Não cabe certamente culpa à casa, embora valha uma advertência para que se dificulte esta 'invasão' ao salão por indivíduos alheios às normas de boa educação e que constrangem, com suas exigências, outros comensais. O garção Iran logo atendeu com guardanapos e água de lavanda para mitigar os efeitos do incidente e com sua bandeja de bolinhos de coco e chocolate para fazê-los esquecer mais depressa.


O docinho que finalizou o brunch foi o sagu, servido na modalidade sem e com um suco de uva.



Como sempre , foram dadas explicações sobre o que estava sendo servido.

Como detalhe gentil, já que uma pessoa fazia anos na mesa, foi improvisado um 'conjunto de bolinhos + uma vela' para um despretencioso 'parabéns'.




Assim, apesar dos inconvenientes citados, a casa faz jus aos prêmios recebidos e merece outra visita... agora também possível durante a semana, já que o brunch completo passou a ser servido neste horário mais civilizado.

Dia do Índio

É um tipo de data que nos passa desapercebido, apesar de toda a herança das lições de História do Brasil em criança e das cançõezinhas que compõem o nosso folclore íntimo, como "o índio quer apito" para não falar do  célebre "programa de índio". 

Vale a pena uma conferida em lugar de floresta urbana que bem representa este nosso legado da cultura.  

Flagras cariocas: a efêmera flor desconhecida

Em trechos de caminhada, na rua escondida,
o cartaz de trânsito nos alerta para o parada
diante de um presente vegetal inesperado.

Trata-se de um arbusto frágil, todo entre-coberto por suave alva flor desconhecida. 

A um passante apressado, a arvorezinha de tons macios mal se se destaca entre os cinzentos do muro de pedra e chão de asfalto e os prédios do outro lado da rua.



Senão para o espírito sensível que atenta para os milagres minúsculos que alegram o dia-a-dia


E se debruça para tomar entre os dedos a flor graciosa e registrá-la sob muitos ângulos, pétalas e  estames se espraiando à luz azulada do dia.

Depois é seguir adiante e vê-la mergulhar, de volta, no verde do qual se irradia... 

Feliz Páscoa !

Que os feriados da Páscoa encontrem aberta a porta de seus corações e posta a mesa farta para parentes e amigos ...

E, para os que viajarem nos feriados, que levem consigo - no carro, moto ou avião - uma cornucópia  de doçuras e alegrias para compartilhar com os companheiros de jornada.