Nosso quarto aniversário foi em três de agosto... outra vez, atrasamo-nos em seu registro...
Mas é nossa pessoal marca de persistência manter atualizado um blog às vezes em meio a circunstâncias atabalhoadas e/ou sofridas da vida cotidiana.
Desta vez , contudo, nossa negligência se deve a alegre razão: a expectativa, sempre grata das Olimpíadas, que acabam por ter encerrada a sua fase tradicional. Embora ainda aí venham as Paraolimpíadas.
Façamos nosso o triunfo de Thiago Brás que tão simbolicamente, inesperadamente, pulou com a vara acima do travessão, a uma altura pra ele inédita - e para a marca das Olimpíadas também - , dando a cada um de nós o legítimo gostinho da 'volta por cima' !!! E com medalha de ouro !!!!
segunda-feira, 29 de agosto de 2016
terça-feira, 23 de agosto de 2016
A Olimpíada de cada um: Dressage
Cada um de nós vivenciou seus aspectos favoritos da amplíssima gama de esportes disponíveis nas recentes Olimpíadas. Em especial quando a nossa modalidade preferida é pouco popular no nosso país. É o caso da modalidade Dressage - ou Adestramento - que em raras ocasiões podemos apreciar no esplendor de sua mais perfeita performance.
Em um picadeiro de 20ms. por 60ms, esta sofisticada, graciosa e generosa modalidade hípica enaltece a relação mais harmoniosa e natural possível entre o homem e o cavalo. O objetivo é mesmo que o cavalo reproduza, sob as 'ajudas' - movimentos do corpo, mãos e pés do cavaleiro - os movimentos que executaria em liberdade. A integração profunda entre ser humano e animal atinge aqui o seu ápice, exemplificando o melhor do espírito olímpico.
O código de vestimentas é deliberadamente elegantíssimo, com cartola (opcional), fraque, plastron. As 'reprises' - nome dado às apresentações - são feitas diante de um júri de três ou cinco juízes que ficam em casinhas nas extremidades do picadeiro.
As reprises começam e terminam com um cumprimento do cavaleiro na reta em frente a estas casinhas. O traje militar também é permitido, assim como o capacete usual.
Mas o garbo da postura e da saudação, independentes da vestimenta, já são levados em consideração nas notas desde este momento inicial.
É difícil mesmo para o leigo interessado bem discernir as múltiplas figuras e os movimentos mais sutis de trote, galope e passo, em suas várias subdivisões. Vamos tentar fazê-lo , em parte, adiante, mas na foto abaixo oferecemos já um flash destas diversas andaduras.
Antes de nos arriscarmos a identificar algumas figuras, detenhamo-nos um pouco nas assim chamadas 'ajudas'.
Observe-se a correta postura do corpo do cavaleiro acima e a cabeça do cavalo docilmente 'colocada' num arredondado típico de seu bom contato com a mão do cavaleiro. Os sutis estímulos para a mudança das andaduras são sinalizadas por pressão e oscilações do cócix, dos ísquios, das pernas do cavaleiro contra o amplo dorso do cavalo. Sempre com grande delicadeza. quanto menos o cavaleiro balança na sela, agita pernas e braços, mais perfeita é considerado o desempenho do conjunto.
A posição do pé deve ser com a ponta do pé
na ponta do estribo e o calcanhar em encostando no corpo do cavalo. Se houver uso de espora deve ser muito suave. As esporas usadas também têm ponta arredondada para não machucar o animal. Qualquer vestígio de sangue, no exame feito após a exibição, será motivo - justíssimo ! - para a desclassificação do cavaleiro.
As mãos manuseiam com cuidado dois tipos de rédeas: o freio - que não deve ser utilizado
com muita frequência e força - e o bridão. As luvas devem ser novas. Cada mínimo movimento dos dedos que harpejam, como se foram cordas de um instrumento musical, faz diferença, a partir da embocadura do cavalo na orientação deste nas filigranas das diferentes figuras.
Antes de começar a reprise, o cavaleiro distende e prepara o animal à volta do picadeiro. Já dentro deste, depois, irá conduzi-lo o mais perto possível da cerquinha baixa, para demonstrar expertise na boa observação dos limites. Observe-se, na tela grande ao fundo, quão pequena é a plateia, pois o esporte ainda não é o suficiente divulgado no país.
Arriscamo-nos, agora, a identificar algumas andaduras, talvez enganado-nos, aqui e ali, para dar ao nosso leitor ideia da complexidade fina e variedade das figuras a serem executadas.
No trote e no galope apoiados, o cavalo se apoia mais pesadamente á direita ou à esquerda, inclusive graciosamente cruzando as perninhas para poder fazer este movimento.
O passo aparentemente é uma figura 'fácil': ledo engano. O animal deve relaxar, estender-se e - como se trata aqui da submodalidade do passo alongado - a cada passada a pata traseira deve pisar além de onde ficou a marca da parta dianteira em cada lado da corpo do animal (direito ou esquerdo). Vale inclusive dois pontos.
Outra figura extremamente graciosa de ser ver é o 'piafê' onde o cavalo levanta em um dado compasso de tempo as patinhas, uma de cada vez, dando a impressão de um catita saltitado .
A 'passage' é semelhante ao piafê , mas já abrido o passo um pouco, para a seguir tomar o galope. Embora reconhecendo cada figura, nos instantes em que os locutores explicam a mudança dos movimentos, identificá-los nas fotos é mais difícil para o leigo. Observe-se a letra do alfabeto (H) no mourão na cerquinha atrás do cavalo. Estes são os pontos exatos em que os cavaleiros, em suas evoluções ora acompanhando a cerca, ora cruzando de diversas maneiras o picadeiro, devem mudar a andadura do cavalo. Atrasar-se ou antecipar-se neste movimento, em relação ao mourão em que ele deve se dar, custa pontos.
Outra eletrizante e difícil figura é a pirueta. Apoiando-se nas patas posteriores, o animal deve dar a volta a si mesmo, como num rodopio, como um bem regrado e bem conduzido turbilhão.
Flashes de momentos da pirueta, quer da executada a partir da direita, quer da esquerda. As duas são obrigatórias nas reprises e a contagem de cada uma é de dois pontos, pela sua dificuldade. |
Outro passo difícil de identificar 'a posteriori' são as avariações de galope, o galope de dois e o de um. Vale lembrar que cada reprise é julgada por sua perfeição técnica mas também por seu estilo artístico, expressividade, elegância e leveza da apresentação, ou seja de acordo com critérios muito mais sutis e subjetivos.
Depois da reprise a regra é um afetuoso abração do cavaleiro no seu ginete, reafirmando a ancestral aliança.
Notem a touquinha nas orelhas do cavalo para que lhe sejam atenuados os sons que possam distraí-lo |
Repetindo o Ouro das Olimpíadas de Londres, a Inglaterra levou a medalha através da lindíssima reprise de Charlotte Dujardin e Valegro que incorporaram a lenda do centauro, tão profundamente eram afinados como conjunto e tão espontaneamente harmoniosa foi a sua performance !
Mais sobre este esporte em :
Mais sobre a dupla bailarina vencedora em:
sábado, 6 de agosto de 2016
Retalhos da Abertura das Olimpíadas
Dormi no início do desfile das delegações, na Abertura das olimpíadas de ontem, confesso... Estava tudo muito bonito, mas eu estava cansada. Muito cansada.
Revendo-recomeçando quase do ponto de que tinha parado, no replay do dia seguinte , alguns detalhes de nossa ecológica proposta me merecem um registro ...
Bonitos os carrinhos de jardineiro e as mudas verdes nas mãos das crianças antes de cada delegação.
E os atletas colocando sementes em carrinhos e os carrinhos sendo levados para o palco e lá fazendo círculos olímpicos que floresciam a seguir...
E, dentre detalhes fofos o do avô, sambista da velha guarda, passando a maestria para o menino,
qual netinho,
brotinho de uma nova geração
No grand finale a entrada da tocha e a passagem por três atletas até o mais velho deles a levar à pira ...
Revendo-recomeçando quase do ponto de que tinha parado, no replay do dia seguinte , alguns detalhes de nossa ecológica proposta me merecem um registro ...
Bonitos os carrinhos de jardineiro e as mudas verdes nas mãos das crianças antes de cada delegação.
E os atletas colocando sementes em carrinhos e os carrinhos sendo levados para o palco e lá fazendo círculos olímpicos que floresciam a seguir...
E, dentre detalhes fofos o do avô, sambista da velha guarda, passando a maestria para o menino,
qual netinho,
brotinho de uma nova geração
No grand finale a entrada da tocha e a passagem por três atletas até o mais velho deles a levar à pira ...
Para conter o Fogo Sagrado, a invenção engenhosa de um sol que ergue e sustenta a pira em mil malabarismos de formas douradas.
Visto de fora, o Cristo parece abençoar o Maracanã quando ele é envolto pelas fumaças coloridas, ao final da Abertura.
Na Cinelândia, um rapazinho repete o ritual, simplificado, para a pira número 2 que ali ficará exposta.
quinta-feira, 4 de agosto de 2016
Obras no sítio - I
Madeiras se desfazendo... |
...degraus ameaçando tombos... |
.. vigas vergando.. |
..rebocos se desprendendo da parede... |
Que seja possível , como seu pai, nosso caseiro, criarmos um novo laço de cooperação entre moradores de um mesmo local rural, em prol dos progressos de todos !
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