quarta-feira, 29 de março de 2017

Mais fim de verão que inicio de outono


No nosso hemisfério sul, o outono começa em 20 de março. Quem notou sua chegada? O que mais percebemos foi a diminuição do calor infernal, em especial nas plagas dos subúrbios, onde o asfalto parou de ferver e as cores intensas ganharam suavidade, permitindo um jogo mais equilibrado de cores e sombras !

E no balanço das estações, o nosso passo fica  leve e os projetos, abandonados desde antes das longuíssimas 'férias' de verão, começam a retomar vôo! 
Agora, sim, as manhãs ficam mais frescas e podemos bradar, à semelhança dos bichinhos da floresta...


quinta-feira, 23 de março de 2017

Sítio: vida e morte.

Nasceram mais três gatinhos tricolores na 3a ninhada da Chamego. Começo a ter contato com a questão da fertilidade - donde da pujança da Vida - das gatinhas que vivem soltas. A tricolor Ron-ron está com quatro meses e já ganhou três irmãozinhos/as ( não sabemos ainda o sexo). 
Ron-Ron com a mãe e pulando, rapidinho, no cobertor da cama, assim que esta é feita.
È ali que ela dorme comigo; aprendeu rápido, a pequenina! 

 

Os três filhotes: o branco e preto, pimpão, parecia o líder da ninhada.
O rajadinho como a mãe é fugidio. O amarelinho, meiguinho e dócil.


Família unida fica embolada unida !


Mas que triste ! Pouco depois desta fotos, o gatinho preto e branco apareceu mortinho  nos braços da mãe que o levara para a caixinha e o lambia tentando reaviva-lo....




Numa caixinha de lenços de papel seu corpinho perfeito e gordinho (deve ter sido ataque de coração) foi envolto , para ser enterrado com dignidade.

A expressão perplexa de Chamego, com os dois gatinhos restantes no colo nos lembra para os perigos da maternidade tão repetida e constante: fatigar a mãe e nascerem filhotinhos fracos ! Preciso cuidar para que isto não se repita! 

Que as pitangas nascentes do sítio celebrem as vidinhas novas ...




.. e florezinhas roxas homenageiem aquelas que, embora efêmeras,
como elas imprimiram beleza à sua breve passagem pela Terra.



segunda-feira, 13 de março de 2017

Planos para o ano novo II - revendo fevereiro

O que posso dizer de fevereiro? De meus projetos para o  Ano Novo mantive o planejamento de priorizar as idas ao sítio. Ainda que de forma atrasada (ou seja, em março, mas o Carnaval no fim do mês me justifica), fui lá conferir a nova ninhada da Chamego (ver postagem adiante).

Já quanto aos 'planos mensais' , andei negligenciando a dieta. Que fazer, ela é tão entediante !!!

Por outro lado, atentei em um outro propósito : tentar fazer coisas diferentes, em termos de abertura para o mundo. 
Quem tem sítio ou casa de campo,  bem sabe de como é tentador - e mesmo obrigatório , face à nossa falta de tempo usual - concentrar nesta 'segunda casa'  suas fugidas para a natureza. Gosto mais de mato e de montanha e esta disposição de me deslocar 'pro alto' (da serra...) vai ao encontro de minhas preferências pessoais... 

Resultado: na minha última visita ao dentista, cujo consultório é em Copacabana, cheguei cedo e dei uma fugidinha até a praia. Há (no mínimo) uns dez anos não vou à praia, acredite-se se puder.... Foi bom , antes de tudo sentir o cheiro da maresia e pisar a areia macia e morna (era cedo da manhã...)  


E, pés nus, dei uma andandinha até a água, molhei os pés... parece tão corriqueiro ! Foi tão diferente !  


Os hábitos mentais enraizados na gente se tornam uma segunda natureza. As paisagens íntimas vão ficando restritas ao conhecido, e a gente sequer percebe que isto ocorreu... 

"Variar - expressão íntima do 'viajar' do Poeta - é preciso!!!"  

quarta-feira, 1 de março de 2017

Tristes trópicos

O marasmo, o marasmo, o marasmo...


O Rio, neste dia de Cinzas, reflete a imensa tristeza que nos envolve, este ano. 


A Cidade está muda. Mas não há leveza neste feriado , nem para os que dele melhor se protegeram.

Não há descanso, não há quietude...

Estupor, apenas.

Para os que fingiram esquecer....

...o olhar mortiço sob a fantasia de grandeza 

 Em volta , o desemprego, a desesperança, as diversas formas de morte provocadas pela ganância e corrupção,

E o marasmo, o marasmo, o marasmo...

Como erguer as mãos, em que tipo de protesto? 


Que consigamos ainda fazê-lo!