segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Projeto do ano novo em outubro: acompanhando podas e brotações

Sou muito amiga dos projetos. Posso afirmar que a tessitura - consciente e engajada -  de  novos e renovados projetos tem acompanhado meus dias. Os "grandes" - ligados à profissão, a decisões como mudar (ou  conservar - e consertar - , como no caso do sítio) de casa, e a relações afetivas significativas - impõem-se por si próprios. São os 'pequenos'  - começar e manter uma dieta, uma rotina de exercícios, dar continuidade  (às vezes aos trancos e barrancos) a um blog - que nos desafiam.

E , dentro deste teor, talvez  uma boa ideia seja seguir , passo a passo, com espírito de observador, as vicissitudes de uma planta antiga, que foi podada e já começa a passar por percalços e surpresas boas em seu renascimento (ver postagem anterior) . Há aí também , para quem ama o simbólico como eu, uma metáfora fundamental das dificuldades e alegrias relacionadas a nosso processo contínuo de crescimento.

Ver acima da cabeça do gatinho
 a tentativa infrutífera de remendo
Custei um pouco a conseguir o galhinho de madeira para que a vergônea que brotara da minha plantinha do quarto nele se enroscasse. Com cuidado, enquanto isto, a redirecionava em outra direção, cada vez que podia, para que, em seu crescimento acelerado - notava-se diferença em questão de horas ! - ela, ao estender-se em direção à luz que vinha de fora , não ficasse presa e quebrasse na folha da janela , que abro e fecho com certa frequência.

Meu descuido provocou que este desastre acabasse por acontecer. Tentei consertar o fragilíssimo longo elegante caulezinho com fita dúrex, o que não funcionou. Que grande tristeza! Só quem tem a sensibilidade apurada para as pequeninas coisas sabe do quento dói ver um pedacinho de um ser que renascia, próspero, morto, por causa, inclusive, de um desleixo seu. Quem curte plantas de paixão também pode me entender.



Fiz o melhor que pude semi-sepultando o pedacinho para que ao menos adubasse a terra-Mãe.  E espero que o caule-matriz volte a lançar outra brotação, bem em breve.




Ao mesmo tempo, uma alegre surpresa. A outra muda, que eu também havia podado e parecia completamente seca, voltou a brotar ! Tenho outra chance de ser mais cuidadosa !

Ver a folhinha mínima e tenra
 no meio do caule 'seco' vizinho. 
Em breve, cenas dos próximos capítulos. A Força da Natureza está a nosso favor !!! 


segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Poda e brotações

Precisei podar severamente a trepadeira que há muito tempo se enroscava  na corda de um sino que pendia de minha janela do quarto, para colocar a rede de proteção. Na verdade, a quase totalidade da planta já estava morta. Fiquei triste vendo os dois toquinhos que sobravam, um ainda com folhinhas, o outro completamente seco.

Para minha alegria, o galhinho ainda vicejante  começou a renascer logo. A vergônea expande-se  rápido demais e é  um prazer a cada dia, constatar seu veloz crescimento.


Pequenos milagres do cotidiano ! 

domingo, 15 de outubro de 2017

Três gatinhos...Dois gatinhos...

Uma notícia triste, que venho adiando desde há mais de um mês...Diz respeito aos meus gatinhos do sítio...

Depois que a rajadinha fora dada e o branco e preto sofreu morte súbita, no dia em que seria recambiado para o Rio, o pequeno filhote amarelo Huguinho escafedeu-se de tal modo que foi impossível capturá--lo. Esta fuga à última hora repetiu-se outra e outra vez. Sua própria "dona" no Rio , que havia até posto telas nas janelas para recebê-lo, respeitou seu impulso de ficar no campo. E seu apego, maior à medida que ele  crescia, à vida ao ar livre e à mãe e irmã mais velha, pressagiavam uma má adaptação a um ambiente urbano, mais restrito .



Minha pequena família felina, no sítio, ficara, assim, composta de uma tríade adorável, inclusive na composição de cores, em  tons diversos de cinzas, negro, branco e amarelo. Adorava vê-los por perto e esta foi uma das últimas fotos que tenho deles.


Apesar de castrada, Chamego, a minha gatinha adotada, a mãe de todos, a única que gostava de ficar no colo, foi passear no mato - como fazia cada vez mais - segundo rumores atrás de um gato branco, e não voltou mais. Os filhotes que a haviam seguido, retornaram  dois dias depois. Ela,  não.
E não mais foi vista...




Agora os dois gatinhos, muito unidos, dividem uma vocação doméstica e outra selvagem. Na vez seguinte ao sumiço da mãe em que subi ao sítio mal os vislumbrei de passagem para comer na varanda e bocejar um pouco depois. .

Da última, como chovia, ficaram o tempo todo por perto, dormindo comigo na cama...

Huguinho - ou Lilinho, como a caseira o chama - é medroso e arredio.  

Vive agarrado à Ron- Ron, como fazia com Chamego-mamãe. 

Ron-Ron é corajosa e relaxada. Bem mana maior com o caçulinha!

 
   Que meus dois gatinhos sejam felizes e os Deuses dos Bichos os preservem em suas incursões à  Floresta. Quem disse que a liberdade não tem riscos? 

Mas  assim também é para todos os que , dentre nós,  querem sair dos confinamentos e abrir corpo, mente e coração aos belos, ferozes e múltiplos caminhos da vida.

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Primavera no sítio

A árvore viuvinha carregada de flores azuis...

..... e o beija-flor confundindo as flores do bebedouro com as do vaso na mesa...