Depois que a rajadinha fora dada e o branco e preto sofreu morte súbita, no dia em que seria recambiado para o Rio, o pequeno filhote amarelo Huguinho escafedeu-se de tal modo que foi impossível capturá--lo. Esta fuga à última hora repetiu-se outra e outra vez. Sua própria "dona" no Rio , que havia até posto telas nas janelas para recebê-lo, respeitou seu impulso de ficar no campo. E seu apego, maior à medida que ele crescia, à vida ao ar livre e à mãe e irmã mais velha, pressagiavam uma má adaptação a um ambiente urbano, mais restrito .
Minha pequena família felina, no sítio, ficara, assim, composta de uma tríade adorável, inclusive na composição de cores, em tons diversos de cinzas, negro, branco e amarelo. Adorava vê-los por perto e esta foi uma das últimas fotos que tenho deles.
Apesar de castrada, Chamego, a minha gatinha adotada, a mãe de todos, a única que gostava de ficar no colo, foi passear no mato - como fazia cada vez mais - segundo rumores atrás de um gato branco, e não voltou mais. Os filhotes que a haviam seguido, retornaram dois dias depois. Ela, não.
E não mais foi vista...
Agora os dois gatinhos, muito unidos, dividem uma vocação doméstica e outra selvagem. Na vez seguinte ao sumiço da mãe em que subi ao sítio mal os vislumbrei de passagem para comer na varanda e bocejar um pouco depois. .
Da última, como chovia, ficaram o tempo todo por perto, dormindo comigo na cama...
Huguinho - ou Lilinho, como a caseira o chama - é medroso e arredio. |
Vive agarrado à Ron- Ron, como fazia com Chamego-mamãe. |
Ron-Ron é corajosa e relaxada. Bem mana maior com o caçulinha! |
Mas assim também é para todos os que , dentre nós, querem sair dos confinamentos e abrir corpo, mente e coração aos belos, ferozes e múltiplos caminhos da vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário