segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Fim de Festa


Festas – quaisquer Festas – tendem a nos deixar ‘elétricos’ antes e ‘borocochós’ depois. As da Passagem do ano acentuam esta impressão porque são partilhadas tão unanimemente!  Como dizia Caetano, em áureos passados tempos: “Alegres ou tristes/ São todos felizes/ No dia de Natal”.


  Em consonância com este mote, a árvore da Lagoa é desmontada assim que soam as badaladas da meia-noite no Dia dos Reis.


Na manhã do dia 6, um último olhar à Árvore que flutua no Lago. Gosto mais dela assim, inserida com arbitrária naturalidade em um cenário corriqueiro do que artificialmente realçada pela quintessência sazonal do efêmero. 

Como qualquer um de nós, no fim de um recesso independente de merecimento, ela flutua em líquida passividade, à espera de seu destino... 


É hora também de exilar os enfeites nos recôncavos do armário. A trégua das guerrilhas cotidianas é finita, assim como as comédias e dramas encenados nos palcos domésticos neste eufórico período. 



Enquanto isto, os duendes se divertem e aproveitam seus últimos dias no mundo dos  Humanos.

"Trabalhei por três este ano..." 

"...agora mereço minhas feriazinhas na praia!" 

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