segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Matinê em 3D

É preciso um pretexto forte para fazer um típico carioca da montanha trocar a espera pelo lançamento do DVD, a ser degustado com conforto no sacrossanto lar, pela ida ao cinema. Que tal o estímulo da aparelhagem indispensável para a projeção de um 3D? Ou a espicaçada curiosidade de uma matinê, no meio da semana, com ar de gazeta? O bem cotado filme Gravidade nos deu este pretexto! 



Foi assim semana passada, aproveitando, de quebra, para cumprir o ritual da caminhada diária (um tanto suarenta, ao meio-dia!)  até o Lagoon.


Chegando mais cedo, dá pra curtir o sorvetinho e a comprinha da guloseima na Delicatessen sem qualquer fila.  





Uma vez nos recintos da 7ª arte, a delícia transcendental do silêncio, desde a sala de espera (embora similar contenção tenha feito falta na trilha sonora incessantemente presente-estridente da película) 


Na sala de projeção, no total, oito pessoas, pernas estendidas sem incomodar nenhum vizinho.


Quanto ao filme... Ai que saudade de Uma Odisseia no Espaço!

 Sandra Bullock ensaiando reflexão existencial diante da morte – utilizando o mesmo vocabulário-padrão de descrever sentimentos das séries de TV –, isto sim, é de chorar! 

Uma crítica engraçada e pertinente a respeito em: 

  Mas os efeitos especiais são muito eficientes. Confira em:




A cena final foi a melhor, enquanto rascunho de esboço de pré-reflexão semiótica-filosófica. Justifica o nome do filme.

O mais perto que achei dela foi um cartaz que a engloba.


Deu até estímulo para curtir uma continuação da caminhada, na pista exclusiva do Lagoon, enquanto o sol escorregava para baixo no azul – cálido e claro –  do céu visto da Terra ... 


terça-feira, 19 de novembro de 2013

Montagem natalina



A árvore de Natal – o seu esqueleto de ferro e fios – está sendo montada na Lagoa. Em um dia cinzento, esta estrutura rígida se mescla à melancolia do céu e das águas e nos suscita reflexões ambíguas.




Qual a essência impregnada em sua montagem? A de que a futura luminosa superfície multicolorida será mero disfarce passageiro, confete antecipado a outras artificiais euforias das férias?








Ou, ao invés, a de mesmo que reveladas em sua esquemática singeleza, as folhas da esperança adornam o que a árvore simboliza de mais sincero, lembrete da busca atemporal de comunhão, liberdade e alegria?  

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Como um buquê suspenso no ar

Sem a proteção do jardim, orquídeas florescem à beira do canal.


Que cerimonialista comporia arranjo floral vivo de tão natural e perfeita harmonia?  


sábado, 2 de novembro de 2013

O massacre do (beagles) inocentes

Embora o tema seja avesso à índole pacifista e brejeira dos cariocas da montanha, não há como deixar de unir nossa suave porém íntegra voz  ao recente protesto generalizado das pessoas sensíveis contra o massacre dos beagles, com pretextos farmacêuticos (que culminou com a invasão de um laboratório para libertar as cobaias caninas). Justificamos seu resgate, no matter what! São óbvios os argumentos de que existem outros recursos de pesquisa que não o uso de cobaias – mais custosos, donde desinteressantes em termos da ganância da indústria especializada. Preferimos nos deter em um menos comum: as doenças em homens e mulheres ocorrem a partir de uma contribuição indispensável dos fatores psicológicos do ser humano a seu próprio adoecer. Quão relevantes seriam tais fatores para prejudicar a eficácia das comparações entre as duas espécies animais?

Se o psiquismo dos animais é mais simples, é particularmente revoltante a afirmação de que a raça beagle é uma das mais úteis a ser manipulada por ser ‘dócil’, ou seja, confiante e amigável. Fazendo uma clara opção pela ‘racionalidade mítica’ ao invés daquela ‘científica’, aí vai uma provisória listagem da incompatibilidade entre características psicológicas  dos animais e a de seres humanos que põem em xeque a viabilidade de compará-los em termos de propensões ao adoecer.

Animais usam a consciência de que são providos – dentro dos limites de sua espécie
Já os seres humanos...  

Animais se encontram para brincar, brigar e amar, sem maiores malícias ou segundas agendas.
Já os seres humanos...   

Animais criam seus filhotes com os cuidados necessários e os libertam no mundo depois.
Já os seres humanos...  


Animais domésticos tratam como iguais os de outras raças/espécies criados juntos
Já os humanos...

 Animais domésticos, se não muito machucados, confiam nos humanos...
Já os humanos...


Entretanto, os bebês, de todas as espécies, nascem tão parecidos em essencial pureza!
Que bom seria protegê-la e mantê-la viva!