É preciso um pretexto forte para fazer um típico carioca da montanha
trocar a espera pelo lançamento do DVD, a ser degustado com conforto no
sacrossanto lar, pela ida ao cinema. Que tal o estímulo da aparelhagem
indispensável para a projeção de um 3D? Ou a espicaçada curiosidade de uma
matinê, no meio da semana, com ar de gazeta? O bem cotado filme Gravidade nos deu este pretexto!
Foi assim semana passada, aproveitando, de quebra, para
cumprir o ritual da caminhada diária (um tanto suarenta, ao meio-dia!) até o Lagoon.
Chegando mais cedo, dá pra curtir o sorvetinho e a comprinha
da guloseima na Delicatessen sem qualquer fila.
Uma vez nos recintos da 7ª arte, a delícia transcendental do
silêncio, desde a sala de espera (embora similar contenção tenha feito falta na trilha sonora
incessantemente presente-estridente da película)
Na sala de projeção, no total, oito pessoas, pernas
estendidas sem incomodar nenhum vizinho.
Quanto ao filme... Ai que saudade de Uma Odisseia no Espaço!
Sandra Bullock
ensaiando reflexão existencial diante da morte – utilizando o mesmo
vocabulário-padrão de descrever sentimentos das séries de TV –, isto sim, é de
chorar!
Uma crítica engraçada e pertinente a respeito em:
Mas os efeitos
especiais são muito eficientes. Confira em:
O mais perto que achei dela foi um cartaz que a engloba.
Deu até estímulo para curtir uma continuação da caminhada,
na pista exclusiva do Lagoon, enquanto o sol escorregava para baixo no azul –
cálido e claro – do céu visto da Terra ...