Outono seria mês de folhas douradas
- previamente bronzeadas
pelo ardor da estação anterior -
pincelando o chão de nossos parques bucólicos ,
sugestão de leituras sob as árvores,
se dando uma de ninfa pós-moderna...
Mas, ai de nós, cariocas da montanha ! O verão resolveu se instalar de vez no Rio !
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E de manhã, banha nosso exercício de suor, lágrimas salgadas nos descem pelas pálpebras
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Ao meio dia, pesa sobre nós como um globo suspenso na energia do próprio ardor.
E ao anoitecer permanece no céu qual nuvem de fogo, competindo com a luz dos postes perplexos!
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Como somos ilustrados, tentamos uma descrição poética, para disfarçar o nosso incômodo !
Ai, que tristeza, meu Rio querido !
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