quarta-feira, 30 de novembro de 2016

... e alguns degraus acima...

Enquanto um ligeiro engarrafamento se faz na rua estreita e comprida...

...no poste vizinho ao degrau...

como  alusão á minha atual rigidez com os compromissos 
que às vezes chega à dureza, para com o outro e comigo mesma .

Qual conselho, a improvisada poesia
 de novo exila e consola.

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Flagra carioca: o hiato de descanso na subida íngreme

 Na ladeira árdua, que ainda se estende à minha frente... 


..em um degrau desequilibrado...


...uma anotação quase casual,

poesia que regenera.


quinta-feira, 24 de novembro de 2016

A fruta do mês: jabuticaba



É bem pessoal a minha postagem de hoje. Falo da jabuticabeira, árvore que , cada vez mais, espalha-se pelo meu sitio, e que desde o inicio foi um dos fatores de encantamento em minha decisão de compra-lo.


Já na primeira leva de fotos que dele tirei, quando conheci o lugar (e já, em algum lugar secreto decidira adquiri-la) tirei uma foto junto ao pé que ficava - e só fez engrossar de lá pra cá - junto à janela de meu quarto de hóspede.  


E lá se vão quase trinta anos...










A parte mais antiga do jabuticabal é concentrada em um  denso arvoredo .




Mas ele aos poucos foi-se estendendo por entre outras fruteiras e plantas , criando belos efeitos visuais.





Em anos férteis, como neste, os galhos ficam coalhados de sementes verdes que vão amadurecendo, até virarem as sumarentas gotas negras de sabor intenso.

Caem tão rápidas... neste novembro, não obstante a abundância em sua produção, choveu muito (elas caem tão e só pude delas aproveitar a transmutação em forma de geleias.

Mas as redes sob as suas copas generosa mantêm por todo o ano algo de fresco e acolhedor, como a lembrança do acre dulcíssimo perfume das bagas caídas e apodrecidas que embala seu movimento meigo de vai-vem.

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

O tempo, sobrecarregado de obrigações, nos escapa entre os dedos...

Mal dá para abrir o e-mail e checar as mensagens mais urgentes. Facebook, esqueci de que se trata. Amigos, compromissos sociais, um papo mais paciente com a família, minhas caminhadas, todos engolfados no poço sem fundo da ausência  de intervalos.
Aturdida por tarefas múltiplas, corro contra o tempo.


Este semestre está 'sinistro'. Síndica por um ano, lido com obras urgentes na fachada do prédio e infindáveis demandas de prestadores de serviços e condôminos, além da detestável papelada institucional específica.  No sítio, as obras acabaram, devo ir verificá-las antes que as chuvas de verão impeçam o acesso de meu carrinho baixo pelas estradas encharcadas. Utensílios caseiros pifando em contínuo atestado de exaustão: de ferro elétrico à geladeira, esta semana a impressora, todos imprescindíveis "para ontem". Final de semestre acadêmico, deadlines, atrasos inevitáveis. E minha gatinha. ficando doente de novo, refletindo quiçá as minhas tensões...


Apenas um segundo, peço a minha mesma.  Um momento de leveza, é só o que peço . Se os segundos devem-me escapar entre os dedos, que o façam, por um instante, no compasso poético das asas de uma mariposa.


E, depois, devo alçar meu trôpego vôo de novo !!!