Sofri um pequeno acidente , rolando um lance da escada de meu prédio, com tênis de sola gasta e carregando muitas tralhas, quando ia para o sitio, quinze dias atrás. Segui meu planejamento, fiz o que tinha de fazer por lá, fiquei na rede quase o tempo todo, donde não doeu muito. Foi na volta ao Rio que a dor começou... violentíssima, na 5ª feira seguinte . Depois de uma noite em claro , fui à emergência, descobri que tinha quebrado uma costela, entupiram-me a veia de anestésicos, fique sob medicação severa , obrigada a descanso, quase imóvel, na cama nos feriados de Carnaval ,
Coincidiu , pois, de eu poder gozar plenamente de um período do ano que particularmente adoro por conta do silêncio nas Metrópoles, dada a evasão de seus habitantes afeitos às viagens em feriados. Refrescou muito, o que também foi magnífico. Atendi a uns poucos analisandos e DESCANSEI. Em um sentido absoluto do termo. Não fiz comida: trouxera bastante pronta do sitio. Não arrumei NADA , não fui a Banco, farmácia (pra isto serve estoque de remédios!) ou fiz caminhada. Acho que dormi, vi televisão, li e estudei um pouco. Desenhei também, apenas o que me foi permitido pela mobilidade indolor de meus braços...
É tão raro um descanso tão completo e sem culpa...
Finalmente, o pior da dor passou e as exigências do dia-a-dia voltaram devagar... quis reinicia-las com uma passeio no meu amado Jardim Botânico. Andando devagar, conforme o preconizado pelo médico. Em terreno plano ...
E atentei para sua única flor que sobrara, depois de um fevereiro quente e das chuvas intermitentes ...
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