terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

Mini-férias acidentais

 Sofri um pequeno acidente , rolando um lance da escada de meu prédio, com tênis de sola gasta e carregando muitas tralhas, quando ia para o sitio,  quinze dias atrás. Segui meu planejamento, fiz o que tinha de fazer por lá, fiquei na rede quase o tempo todo, donde não doeu muito. Foi na volta ao Rio que a dor começou... violentíssima, na 5ª feira seguinte . Depois de uma noite em claro , fui à emergência, descobri que tinha quebrado uma costela,  entupiram-me a veia de anestésicos, fique sob medicação severa , obrigada a descanso, quase imóvel,  na cama nos feriados de Carnaval ,  

Coincidiu , pois, de eu poder gozar plenamente de um  período do ano que particularmente adoro por conta do silêncio  nas Metrópoles, dada a evasão de seus habitantes afeitos às viagens em feriados. Refrescou muito, o que também foi magnífico. Atendi a uns poucos analisandos e DESCANSEI. Em um sentido absoluto do termo. Não fiz comida: trouxera bastante pronta do sitio. Não arrumei NADA , não fui a Banco, farmácia (pra isto serve estoque de remédios!)  ou fiz caminhada. Acho que dormi, vi televisão, li e estudei um pouco. Desenhei também, apenas o que me foi permitido pela mobilidade indolor de meus braços... 

É tão raro um descanso tão completo e sem culpa...  

Finalmente, o pior da dor passou e as exigências do dia-a-dia voltaram devagar... quis reinicia-las com uma passeio no meu amado Jardim Botânico. Andando devagar, conforme o preconizado pelo médico. Em terreno plano ...


Passeie  por sob uma parreira de que muito  gosto pela sombra boa que provê nos dias mais quentes,,, 

E atentei para sua única flor que sobrara, depois de um fevereiro quente e das chuvas intermitentes ... 

E me despedi do que, quase começando a murchar, ela representou de um período em  brancas nuvens , de férias em um seu sentido casual e precioso, esquivo, quase misterioso,,, de dádiva celeste .  



 


    

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