O Imaginário e aTecnologia : Prometeu e a IA e around

 No ambiente universitário típico da Unirio, em Botafogo, em auditório confortável, teve lugar a primeira palestra do ciclo  "O Imaginário e a Tecnologia"  ministrada pela coordenadora da atividade de extensão, Ana Luiza VS.Lopes, de nosso grupo 4F: "Prometeu revisitado e a IA"

Abaixo, flashes da bonita palestra de Ana Luiza, ilustrada por um power point sugestivo , com imagens muito bem escolhidas. 

Inauguramos assim uma parceria Unirio com a Fiocruz (representada por Marcio e o 4F (por mim mesma) 

 

 Outros dois membros preciosos do 4F que não haviam podido estar presentes se encontraram conosco depois  no Bibi, para dar continuidade ao espírito de pesquisa que nos une. 

Jeanine, para já começar a conversar sobre sua palestra no ciclo 

                                                                                  E

Suely, para estar presente a nossa investigação psicanalítica
 de forma mais personalizada e íntima. 

 P. S. Fiz questão de usar a mesma roupita nos três encontros, para , em algum recorte de um Imaginário estético , estarmos todos juntos em uma mesma sintonia.  

 

Alta Cidade e o equívoco dos helicópteros

 Chamo Alta Cidade a todo e qualquer resquício que nos tenha ficado - em áreas urbanas -  de uma época em que havia algum benefício proveniente de um certo aglomerado de certas pessoas, em certas circunstâncias especificas que permitiram, ao longo dos séculos, um certo progresso civilizacional e cultural à humanidade no Ocidente. Pouquíssimos são os elementos remanescentes destas conquistas na contemporaneidade , no Rio de Janeiro e outras cidades de grande porte. . 

Certamente, na área médica e de conforto doméstico , em termos  tecnológicos, estas conquistas permanecem, ao menos para os mais afortunados pela sorte do nascimento em classe média ou dela   acima (economicamente falando ) . Mas, mesmo para estes, estas benesses coalham-se de desvios e deturpações , condicionadas aos ditames do regime capitalista e de exploração psicologicamente barata da diversão por ele estimulada. 

Com este é um blog primordialmente otimista, preferimos falar dos esforços daqueles que ainda porfiam em manter uma qualidade minima de vida para os habitantes da urbs e tentam  desfazer os abusos mais afrontosos. 

Por exemplo, o esforço de muitíssimos anos de alguns abnegados para afastarem de nossos céus, em especial daqueles de zonas ditas turísticas da parte Sul da Cidade , a praga de helicópteros voando baixo  e barulhentíssimos, afetando a vida da população, da fauna (e quiçá tb da flora) da Cidade. Em troca  de proporcionar a turistas desavisados ou irresponsáveis uma visão mais próximas dos patrimônios culturais  (como a estátua do Cristo) ou naturais (como o próprio Parque do Jardim Botânico) cuja finalidade e mesmo existência saudável assim ajudam a destruir. 

Alguns movimentos mais recentes , começam a sensibilizar as esferas públicas para a resolução deste problema; registramos a presença de amigos do AMAJB - e também deste blog - assim como a minha própria (no papel de fotógrafa) nestas démarches... 

Ai vão alguns de seus registros...  

E que os Deuses ajudem a Alma da Alta Cidade !!! 

Indícios de meu crescente pertencimento ao sitio

Embora de forma tão discreta que talvez nem dê para (eu mesma) perceber, estou cada vez mais me vinculando à possibilidade de passar mais e mais tempo na serra. talvez começar, efetivamente, a considerar fazer de lá meu Lar-Base. Talvez mesmo - e esta palavra ainda dá calafrios a minha mente psicanalítica adepta da liberdade - comece a me sentir como pertencendo um pouco, sendo parte de meu sitio. 

Já venho  falando disto há um tempo, mas tudo em um registro meio poético. 

Eu surpreendo esta ainda imprecisa disposição mais concreta sob diversos pequenos ângulos... 

 Acompanho, com maior conhecimento e naturalidade , a sucessão dos ciclos das estações e de suas produções vegetais. Agora , recomeça a estação das frutas cítricas no sitio ... 

No pomarzinho de cima, as tangerinas e Pokans são as primeiras a despontar 

Constato que tem sido também  época de muita banana e fico satisfeita de termos novidades nesta área de colheitas : tivemos a primeira colheita de abacates - plantados há por volta de cinco anos -  que está findando ... 

Copérnico continua a crescer. Está ficando um tourinho muito bonito. Está na hora de resolver se vamos ou não fazer teste genético nele, o que significaria investir mais fortemente na minha mini criação jersey . 

Os cágados  já não mergulham mais , quando estão tomando sol em seu tanquinho e me aproximo para cumprimentá-los . Reconhecem-me melhor  como semi -moradora, mais próxima deles próprios ? 

Até  descubro um novo ângulo para apreciar as jabuticabeiras, em que elas se alinham como numa bela alameda; eu o descortino quando estou zanzando pelo novo local onde talvez venha a fazer uma nova casa .  

Quase imperceptíveis, mas consistentes , indícios, indícios, indícios... 

Blog ou Instagram ?

Pergunto-me ás vezes por que continuo com o blog e tenho tanta dificuldade em aderir ao Instagram. 

Há algo de uma ilusão de perenidade - mesmo on-line - no blog . Blogs há  muito extintos continuam acessíveis on-line for ever and ever. Eu mesma , ao longo destes mais de dez anos de Cariocas da Montanha, posso acompanhar minhas reflexões acerca das postagens que fui fazendo, em honra aos aspectos mais sutis de minha relação com a linda cidade onde vivo, meus trânsitos,  a progressiva maior importância de meu sítio em minha vida e também como , de certa forma, malgrado minha antipatia por esta 'abertura',  fui ficando um pouco mais 'pública', até aparecendo aqui e ali em alguma foto.  

Enquanto no Instagram é tudo tão perecível e passageiro ! Fingindo até ser casual ... Nada é casual na vida.... 

Não obstante, no seio desta contradição,  para ilustrar esta postagem apelo para uma foto tirada de passagem por estes dias corridos (em que não tenho tempo para conversar com meu blog como outrora o fazia) , numa bonita rua do Jardim Botânico que vai dar na minha.

Pura e simplesmente, seus prédios, datados e preservados, conservam um encanto atemporal. Quer como flashes de passagem, quer como referência de  moradia permanente. Um pedaço da alma de minha cidade , de meu bairro, de meu coração... Estes edifícios estão aqui há 50 anos, bem tratados, valorizados . E daqui a 50 anos estarão de pé ainda... 

De um jeito ou de outro, modo blog ou Instagram, vale o seu registro, em um dia quente de um veranico de maio fora de época.  ....