sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Datas queridas: Feriadão da Independência



Uma cara amiga – moradora da Urca e colaboradora deste blog – me enviou um volátil 'volante' com um convite para o baile abaixo, que as agruras da vida trabalhadora me dificultaram divulgar a tempo útil para o eventual comparecimento das comadres e dos compadres cariocas. Mas fica o tributo à ideia das “datas queridas’, ao estimado legado das plagas lusitanas (no sangue de tantos de nós) e à curiosa junção de elementos tão diversos como a Orquestra Imperial + Real Combo Lisboense + Circo Voador na ‘lapa da Maravilhosa’... 

Alguém viu? Alguém sabia? Mandem-nos mais informações a respeito de nosso diálogo com os primos-irmãos d’Além Mar, no compasso dos corações que dançam o vira e batucam um sambinha numa consonância esdrúxula e reconfortante!

Naturalmente, caindo o Sete de Setembro deste ano numa sexta-feira, viajar para fora do Rio é Programa Oficialmente Indígena. Aliás, a melhor sigla para isto, dada a nossa cada vez maior vocação turística, seria ‘Oip’! =  Officially Indigenous Programme. A versão para o inglês está meio capenga, donde mais engraçada e ademais – como costumamos dizer com condescendência tupiniquim - ‘já fazemos muito em falar a língua deles!” 

Ponte e Avenida Brasil por volta das sete da manhã de hoje
  Trancafiada na Maravilhosa e inspirada pela solenidade da comemoração cívica, fui dar uma pesquisada em como ela está estaria sendo vivida no Rio – a atemporal Capital do Brasil –  e na atual capital federal . Obviamente, fui ‘googlar’ o tema. Surprise !  A caixa de entrada para a pesquisa Google está ornamentada de forma a homenagear a data! Como acordei cedo, fui-me informar dos detalhes em:  
Vejo, então, que a comemoração em Brasília começaria por volta de 9 hs. da manhã,  durando uma hora e trinta minutos, em função – explícita pela coordenadora de relações públicas da Pátria Amada – de manter a atenção das pessoas; um público esperado entre 30 e 35 mil pessoas.

E na Maravilhosa? Imbuída de compromisso jornalístico-cronista alternei-me entre dois telejornais matutinos, na Globo e na Record, descobrindo – Santa Alienação minha até então! – que uma tradicional parada aconteceria na Presidente Vargas. Onde tive melhores informações a respeito foi em:   

Os próprios redatores das emissoras não fazem fé no interesse carioquês de assistir à parada – substantivo de correspondência precisa com o adjetivo a ele similar. Sugerem duas opções: 
A ida à Feira Nordestina, em São Cristovão, que, aliás, faz aniversário hoje. Estará aberta no feriado, informa o Jornal.

 Ou apreciar a mostra em curso OiR (Outras Ideias para o Rio). Nela, seis artistas exibem, em pontos estratégicos da Maravilhosa, criações monumentais, de modo a sintonizar a inspiração da expressão artística com a dimensão pública magnificente da Maravilhosa. O americano Robert Morris, veterano de 78 anos, idealizou um labirinto triangular de vidro, aberto à visitação, na Cinelândia. Haverá transporte gratuito, nos feriados e fins de semana, para visitar as instalações. Em que pesem a boa intenção da proposta e a pertinência da brincadeira semântica do nome OiR ( com as letrinhas componentes do nome da Maravilhosa), indagamo-nos se tentar usufruir tal benesse, dada a provável insuficiência da oferta (de transporte) em relação à procura do público, não será um tremendo ‘Oip’! =  Officially Indigenous Programme.  !!! Ops , our mistake. No site da mostra – www.oir.art.br , na guia Tour – há detalhadas instruções a respeito.
Simulação da obra “Olhar nos meus Olhos’ (Awilda) por Jaume Plensa, na Enseada de Botafogo, mereceu (Vejinha , 5 de setembro)  
Muito legal a iniciativa de uma das instalações, a de Henrique Oliveira, estar  no recém-inaugurado parque de Madureira. Atenção: embora a maioria das obras fique em exposição até 2 de novembro, a de Ryoiji Ikeda – um espetáculo audiovisual na Praia do Diabo – só será apresentada nos dias 7, 8 e 9 de setembro, de 19 às 21 hs.

 O coordenador da mostra, Marcello Dantas  na Cinelândia, explica uma das interpretações possíveis da obra de Morris: “um labirinto para se perder e se achar
 Enquanto me distraio escrevendo neste blog, nesta Data Querida (feriado, ÔBA! ÔBA!), acabo por me entreter com dois videozinhos catitas, com uma visão alternativa-popular acerca da independência da (Pátria) Amada. Educativo and entertaining:     



Será que o dever jornalístico-cronista me obrigaria a assistir, parada, à Parada? Os telejornais matutinos prometiam temperatura prevista para entre 20º e 33º, água do mar razoavelmente morninha para um ‘banho de gato’ (21º). E, conforme a sábia afirmação de um certo Carlão, apelido de um dos âncoras televisivos: “Em nenhum lugar o azul combina com o verde como no Rio de Janeiro”...





Neste ínterim, as horas passaram e a parada também... Posso delegar a obrigação moral de documentá-la a quem o tenha feito de jeito competente, informal, improvisado, presencial, alegre e crítico. Neste sentido, escolhi o arquivo abaixo:


A neblina, que de manhã cedo atrapalhava a rota de evasão dos adeptos do ‘Oip’! ( Officially Indigenous Programmes), espreguiçou-se, sem vontade também de levantar no feriado molenga, e o tempo está meio que nublado, mas nada que impeça o bordão: “E o Rio de Janeiro continua lindo...

...aquele abraço!” 

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