sábado, 24 de novembro de 2012

Canteiros floridos: o frasco azul do Gênio Manacá


Ruas silenciosas, sonolentas e solenes de bairros ferrenhamente residenciais. Muros cobertos de hera muito antiga, cerrada como buço deixado em sossego...


 Nas frestas que racham o asfalto, raízes saciadas de seiva, serpentes entediadas, provocam tropeços.

    
 Benfazeja quebra de ritmo!  Um odor dulcíssimo encrespa o ar, vindo de um facho azul, lampadário fosco sob o mormaço. Pé de manacá emigrado da roça e muito catita e à vontade na nova vizinhança aristocrática.

Miúdas pétalas, entreabertas em múltiplos tons, antecipam, no final de novembro, desenhos de cartões e as lembrancinhas de Natal. Uma brisa inesperada intensifica o perfume e evoca contos do Ali-Babá.

                                                                                                




‘Que o destino nos seja leve’, pedimos às potências ocultas da Natureza! ‘Podes crer’ promete, familiar e descontraído, o Gênio Azul que mora no arbusto em flor.

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