No Rio de Janeiro, os feriados revelam uma faceta da cidade silenciosa e serena: o bulício partiu, assim como os que o cultivam, e se é deixado, enfim, consigo próprio...com sua insuspeita e quiçá assustadora riqueza interior...
Às vezes é difícil reconhecer o presente para a alma que isto representa. Mais ainda quando o feriado coincide com o fim de semana, prolongando no tempo o hiato das horas ordinárias. Prefere-se encher os dias seguidos sem compromissos prévios com tarefas ou distrações que encubram a difícil dádiva da quietude. Nem sabemos com ela lidar: logo programamos 'por as leituras em dia', 'fazer aquela faxina' , 'aproveitar para ...' , 'encontrar com...', viajando de um jeito ou outro para o mais longe possível das questões íntimas.
Talvez seja o último fim de semana de nosso breve inverno... Os cinzas macios favorecem o recurso ao pensamento. A chuva esparsa, o quase frio , um abençoado recolhimento...
Mais um dia inteiro longo, energia em aberto disponível, se espraia diante de nós... Saibamos dele extrair a seiva pura da Vida, sem adoçantes, edulcorantes ou auto-impostos estimulantes. Essência laica do Sagrado.
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ResponderExcluirParece que o nosso breve inverno está dando uma colher de chá e hoje (12/09) está nos proporcionando mais um dia de clima agradável e ameno. Um novo convite para quietude e recolhimento. Eu vou aproveitar a oportunidade.
ResponderExcluirOi, Ana, se puder aproveite a dica da postagem de hoje (13-7) . Não obrigatoriamente com o magnífico - e triste - Gigante Enterrado. Eu mesma apelei para um Dickens da vida, o clássico David Copperfield, porque nada melhor de que após um bando de desgraceiras nosso personagem querido sair vitorioso !
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