sábado, 21 de maio de 2016

A fruta do mês: fruta de conde

De todas as frutas que visitamos ela é  mais avessa a se deixar saborear senão em espécie fresca.


Pois seu interior é um almofadado de pequenas bagas estreitamente ligadas, cada uma contendo sua semente, cada uma constituindo uma delicada delícia solitária, a ser sugada de per si...




Para não deixarmos de lhe dar merecida atenção, aí vão suas propriedades medicinais e um seu aproveitamento seleto em uma bebidinha á la Bacco (ou caipirinha) .




Mas, para enriquecer-lhe a imagem, comparemo-la, desde os seus galhos nas árvores, ao fruto do pinheiro com que suas semelhanças são evidentes.


Pinha estilizada para propósitos decorativos
(observe-se sua semelhança maior com a fruta de conde)  
Aproveitando seu parentesco  - 'mutante, mutatis' - passaremos, agora, a conversar com as utilizações da pinha do pinheiro nas invenções dos homens...
Mão mágica dos romanos com pinha em um dos dedos. 

Para propósitos religiosos, vai do cajado de Bacco, à esquerda,
 àquele do Santíssimo Cristão Pontífice. à direita

Em função laica, começa por se impor na arquitetura, encimando pilares, edifícios e balaustradas. 




Mas é no reinado das artes menores que sua função decorativa ressalta, com o uso de múltiplos e preciosos materiais para ir da representação de um fruto à pluralidade de funções, de maçaneta, de lâmpada, de vaso...




  Qual o real modelo para estas graciosas cópias? Lavemos as mãos nesta imaginária polêmica !

... com um sabonete em forma de fruta de conde, of course... 


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