Desanimam-me um pouco os enfeites 'carnavalescos' adicionados aos homogêneos shorts, meias arrastão e tops que desfilam pelas ruas nestes dias. Desejosa de ver na Internet alguma mimosa fantasia de fada, datada deste ano, passei alguns sofridos minutos me decepcionando diante da tela desenxabida .
Procurei então desenhos das ditas entidades, em sites mais esotéricos, precisando muito de um pouquinho de poesia visual sonhadora no último dia de um vulgar Carnaval , neste ano bissexto. . E em um deles descubro que está em curso, em um local destes docemente enlouquecidos dos USA, um censo mundial de fadas !
Os senhores e senhoras do site estão recolhendo relatos de fadas nos cinco continentes , Parece que há algumas diferenças entre horários e locais onde elas mais aparecem - em um dos mais estranhos, a figurinha voadora entrou pela janela do banheiro , na hora do banho da entrevistada - assim como acerca de sua aparência. Há algumas coincidências , aliás, previsíveis, como a maioria delas usar roupas e ter asinhas - às vezes até mesmo a cor da pele - azuis ou verdes (as cores da natureza!)
Muitas vêm adornadas de flores . Algumas acompanhadas de pequenos animais, também um tanto previsivelmente pássaros , noturnos inclusive como corujas , e gatos.
Infelizmente , o número de aparições relatadas vem diminuindo bastante. De um total de pouco menos de 300 fadinhas, nos cinco continentes em 2004, o último resultado, em 2017 foram apenas 28 entidades... E algumas pareciam um pouco desenhos de anime , o que os promotores da pesquisa relatam com algum descrédito ...
Estarão também sucumbindo à esterilização da imaginação, minha queridas criaturinhas aladas ?
Não, não vão embora !!! Podem morar dentro dos meus livros de criança, lá no meu sítio . Prometo escrever pro site, se voltar a achar o endereço do site que as contabiliza , na balbúrdia internética !
Ou não , ao invés, vou guardar com suprema discrição o segredo de suas remanescentes existências !!!
terça-feira, 25 de fevereiro de 2020
domingo, 23 de fevereiro de 2020
Fantasia e boas intenções: xamanismo no século XXI
Hoje, domingo de Carnaval no Rio, penso em como associar o espírito lúdico da data a algumas experiências mais sérias, no recente movimento de reaproximação da Natureza que venho realizando, marcado por viés ecológico.
Está bem silencioso, por enquanto, aqui, de manhã, no meu bairro carioca verdejante ... E retomo a descrição da minha recente viagem ao sítio de Vera, onde pessoas da Cidade e do Campo reuniram-se para um informal seminário sobre temas ecológicos. Na noite do sábado de minha chegada teve lugar um ritual xamânico, promovido pelo mesmo rapaz que, no dia seguinte, apresentaria uma competente palestra sobre Permacultura.
Como Krenak em seu livro Ideias para adiar o fim do mundo bem assinala, precisamos do sonho, não como eventualidade noturna, mas incorporado na própria consciência de quem somos, como guia dos trajetos em nossa vida. Filosoficamente, podemos traduzir isto como 'precisamos de um 'ideal' ; em termos poéticos, este tipo de atividade mental corresponderia a uma 'fantasia'.
Cerimônias de cunho religioso se enquadram bem nestes parâmetros . A atividade de fim de semana promovida pela Vera incluía a reativação de práticas agrícolas ancestrais, remetendo à cultura indígena, em que o cuidado com a Natureza se entrelaça com a função mágica de alguns rituais coletivos. Assim, um ritual xamânico foi bem adequado a servir de introdução ao evento.
Neste primeiro momento, no sábado à noite, éramos uma maioria de pessoas de Cidade, amantes da Natureza, atraídas pela esperança de poder contribuir com um resgate produtivo de nossos Campos. Antes do ritual propriamente dito, houve um jantar predominantemente vegano (mas com um pouco de carne à parte, para os paladares irreversivelmente viciados), onde sopas e saladas e frutas, todos de consistência muito leve, deixavam-nos em uma disposição etérea. Seguiu-se um bate-papo bastante esotérico, enquanto esperávamos outros participantes chegarem, vindos de lonjuras rurais.
Foi uma surpresa ver reeditados, em nossa agradável conversa, nomes de pensadores e místicos que estiveram em plena voga há cerca de quarenta anos atrás. E constatar sua influência sobre gente bastante jovem sonhadora-idealista, que os tinham como modelos para suas ideias. Gosto muito de Krisnamurti e Castañeda, por eles citados. Tenho menos afinidades com Osho, porém admiro a fidelidade de quem nele respeita a memoria de um Mestre retroativo! Espanta-me um pouco, contudo, não ter surgido neste quase meio século que os separam de nós, nenhum novo líder intelectual-alternativo, capaz de provocar similar impacto cultural.
A noite avançava, uma fogueira foi acesa e o intenso calor por ela produzido, no verão em Macaé, provocara-me um envolvente torpor, talvez proposital para estimular o acesso a outros níveis de consciência.
Enquanto isto , lindas cestas de palha com os mais belos 'frutos da terra' , legumes, frutas e flores, colhidos há pouco, eram arranjados com cuidado. Dentre eles, uvinhas que eu havia trazido de meu sítio, oriundas de uma muito antiga parreira de estimação.
Uma das convidadas citadinas do evento, afeita a outros horizontes culturais - viveu muito anos na França - é adepta de práticas espirituais druídicas. Dentro do amplo espírito ecumênico que regeu o encontro, ela orquestrou - antes do culto xamânico - uma prática esotérica dos druidas, sacerdotes celtas que adoram particularmente as árvores (qual o carvalho).
Nesta cerimônia preliminar devíamos circular a flamejante fogueira várias vezes, ora no sentido horário, ora ao contrário. e depois, provarmos o pão, o sal e o hidromel servidos por três de nós, representando a Jovem, a Mulher Adulta e a Anciã.
O ritual xamânico começou com a oferenda ao fogo dos frutos da terra. Não posso negar que tal tradição - creio que tolteca - me afligiu bastante. Foi uma infeliz sensação ver as minhas uvinhas incineradas nas chamas em honra a uma entidade abstrata que, pelo jeito, preza o sacrifício. Mas talvez seja esta mesma a intenção. Enfatizar que toda dádiva só nos é concedida em troca de sofrimento e perda e dor. Embora eu seja firme adepta da necessidade de enfrentarmos sempre os desafios que opõem símbolos de Morte e Vida em nossos corpos e almas, a destruição gratuita dos presentes vegetais me pareceu um retrocesso a uma simbólica cultural arcaica. E, receio, não obstante as evidentes boas intenções ali embutidas, sejam elas completamente inoperantes em termos de resgate da Tradição em prol de sua revitalização produtiva nos Novos Tempos.
Seguiu-se uma longa ... ah , muito, muito longa ... sessão de cantos tradicionais, desejando o retorno dos anciãos e, com eles, a volta a uma fartura paradisíaca na Terra, alternados com relatos de vidas edificantes. O nosso oficiante, sua namorada e um seu amigo sitiante esmeraram-se em tentar nos fazer participar do que seria uma Festa, uma Celebração, um abandonar-se ao Prazer da Companhia. Inclusive, fizeram correr entre nós, um tamborzinho e depois uma flauta, ambos muito rústicos, para que partilhássemos a produção de sons em conjunto ... a grande maioria de nós, seres citadinos, declinou do convite . Alguns dentre estes, como eu mesma, não conseguem se desvencilhar dos preceitos higiênicos de evitar o uso coletivo dos mesmos copos, bocais etc . Com toda seriedade e respeito, objetamos a que este ato corresponda a uma comunhão de almas e preocupamo-nos com os germes que talvez não infestassem os tempos ancestrais como o fazem agora...
E as horas fugiam , o fogo ardia, o suor escorria... nosso corpo citadino desacostumado a posições incômodas, oscilava ... "Acho que vou desmaiar " , pensei. Mas talvez todo este aparato visasse mesmo à exaustão, para que um outro nível de consciência pudesse emergir. E assim aguentei... mas o estado mental desejado não compareceu...
Na estrada lá embaixo, carretas imensas continuavam a assombrar a via dupla, em fileiras ininterruptas e zombeteiras de pesadíssimos e arrogantes veículos carregados de produtos geridos por grandes empresas, a expressão concreta do desafio do Capital que teríamos a enfrentar ... e que se tivesse coração e cérebro estaria solenemente nos ignorando...
E, voltando ao aqui e agora, graças a Deus - e/ou aos vários Xamãs e Druidas que poeticamente aprecio - meu bairro citadino continua quieto na Domingo de Carnaval. As diversas tradições nativas apreciam as Festas, o Espírito de Comunidade que as inspirariam . Acredito que elogiariam o Carnaval em suas manifestações agora já remotas, de congraçamento lúdico ingênuo e docemente transgressor, no contexto da brincadeira.
Hoje, o gregário se presta quase que exclusivamente à homogenização. Não há sequer mais variedade de fantasias, pela rua. Mocinhas em onipresentes biquinis com meias arrastão são cópias mais nítidas ou mais borradas umas das outras. A histeria do politicamente correto estigmatiza os 'disfarces' de índios ou havaianas, pois a 'identidade' oficial de cada um de nós não nos permite mais nela incluirmos aquelas que fantasiamos serem nossas. Como se "fantasiar" fosse um demérito mental ou ser a inspiração para uma fantasia, uma agressão moral!
Quem disse que a minha alma peregrina não foi ou é uma índia em outra dimensão? Por que não posso assim me reconhecer melhor , no reino lucidíssimo e , às vezes, mais real-do-que a-realidade da Fantasia ?!?!?! Negar esta abertura para a encarnação de um Ideal corresponde ao enterro do Sonho no seu sentido integral a que aludimos acima e ao total escárnio para com a Essência da Arte !!!
Venham, pois, outras vigílias, infindáveis tentativas de ir além das dicotomias, como as que separam Tradição e Atualidade, Ciência e Misticismo e ... por que não ... Humor e Seriedade!
Valeu a tentativa. amigos Filhos do Sol (dos toltecas) e da Lua (dos druidas) . Da próxima vez, experimentemos talvez um outro tipo de Encontro, aproveitando para sanar as lacunas simbólicas deste até acharmos uma maneira de virmos a desenvolver, juntos, uma expressão de Potência capaz de desbravar novos Caminhos, planejados nas interseções de Passado e Futuro, bem calçados no Presente, alternativas eficazes à Rodovia asfaltada Dominante.
Está bem silencioso, por enquanto, aqui, de manhã, no meu bairro carioca verdejante ... E retomo a descrição da minha recente viagem ao sítio de Vera, onde pessoas da Cidade e do Campo reuniram-se para um informal seminário sobre temas ecológicos. Na noite do sábado de minha chegada teve lugar um ritual xamânico, promovido pelo mesmo rapaz que, no dia seguinte, apresentaria uma competente palestra sobre Permacultura.
Como Krenak em seu livro Ideias para adiar o fim do mundo bem assinala, precisamos do sonho, não como eventualidade noturna, mas incorporado na própria consciência de quem somos, como guia dos trajetos em nossa vida. Filosoficamente, podemos traduzir isto como 'precisamos de um 'ideal' ; em termos poéticos, este tipo de atividade mental corresponderia a uma 'fantasia'.
Cerimônias de cunho religioso se enquadram bem nestes parâmetros . A atividade de fim de semana promovida pela Vera incluía a reativação de práticas agrícolas ancestrais, remetendo à cultura indígena, em que o cuidado com a Natureza se entrelaça com a função mágica de alguns rituais coletivos. Assim, um ritual xamânico foi bem adequado a servir de introdução ao evento.
Neste primeiro momento, no sábado à noite, éramos uma maioria de pessoas de Cidade, amantes da Natureza, atraídas pela esperança de poder contribuir com um resgate produtivo de nossos Campos. Antes do ritual propriamente dito, houve um jantar predominantemente vegano (mas com um pouco de carne à parte, para os paladares irreversivelmente viciados), onde sopas e saladas e frutas, todos de consistência muito leve, deixavam-nos em uma disposição etérea. Seguiu-se um bate-papo bastante esotérico, enquanto esperávamos outros participantes chegarem, vindos de lonjuras rurais.
Foi uma surpresa ver reeditados, em nossa agradável conversa, nomes de pensadores e místicos que estiveram em plena voga há cerca de quarenta anos atrás. E constatar sua influência sobre gente bastante jovem sonhadora-idealista, que os tinham como modelos para suas ideias. Gosto muito de Krisnamurti e Castañeda, por eles citados. Tenho menos afinidades com Osho, porém admiro a fidelidade de quem nele respeita a memoria de um Mestre retroativo! Espanta-me um pouco, contudo, não ter surgido neste quase meio século que os separam de nós, nenhum novo líder intelectual-alternativo, capaz de provocar similar impacto cultural.
A noite avançava, uma fogueira foi acesa e o intenso calor por ela produzido, no verão em Macaé, provocara-me um envolvente torpor, talvez proposital para estimular o acesso a outros níveis de consciência.
Enquanto isto , lindas cestas de palha com os mais belos 'frutos da terra' , legumes, frutas e flores, colhidos há pouco, eram arranjados com cuidado. Dentre eles, uvinhas que eu havia trazido de meu sítio, oriundas de uma muito antiga parreira de estimação.
O oficiente da cerimônia e sua bonita inteligente e articulada namorada |
Nesta cerimônia preliminar devíamos circular a flamejante fogueira várias vezes, ora no sentido horário, ora ao contrário. e depois, provarmos o pão, o sal e o hidromel servidos por três de nós, representando a Jovem, a Mulher Adulta e a Anciã.
O ritual xamânico começou com a oferenda ao fogo dos frutos da terra. Não posso negar que tal tradição - creio que tolteca - me afligiu bastante. Foi uma infeliz sensação ver as minhas uvinhas incineradas nas chamas em honra a uma entidade abstrata que, pelo jeito, preza o sacrifício. Mas talvez seja esta mesma a intenção. Enfatizar que toda dádiva só nos é concedida em troca de sofrimento e perda e dor. Embora eu seja firme adepta da necessidade de enfrentarmos sempre os desafios que opõem símbolos de Morte e Vida em nossos corpos e almas, a destruição gratuita dos presentes vegetais me pareceu um retrocesso a uma simbólica cultural arcaica. E, receio, não obstante as evidentes boas intenções ali embutidas, sejam elas completamente inoperantes em termos de resgate da Tradição em prol de sua revitalização produtiva nos Novos Tempos.
Seguiu-se uma longa ... ah , muito, muito longa ... sessão de cantos tradicionais, desejando o retorno dos anciãos e, com eles, a volta a uma fartura paradisíaca na Terra, alternados com relatos de vidas edificantes. O nosso oficiante, sua namorada e um seu amigo sitiante esmeraram-se em tentar nos fazer participar do que seria uma Festa, uma Celebração, um abandonar-se ao Prazer da Companhia. Inclusive, fizeram correr entre nós, um tamborzinho e depois uma flauta, ambos muito rústicos, para que partilhássemos a produção de sons em conjunto ... a grande maioria de nós, seres citadinos, declinou do convite . Alguns dentre estes, como eu mesma, não conseguem se desvencilhar dos preceitos higiênicos de evitar o uso coletivo dos mesmos copos, bocais etc . Com toda seriedade e respeito, objetamos a que este ato corresponda a uma comunhão de almas e preocupamo-nos com os germes que talvez não infestassem os tempos ancestrais como o fazem agora...
E as horas fugiam , o fogo ardia, o suor escorria... nosso corpo citadino desacostumado a posições incômodas, oscilava ... "Acho que vou desmaiar " , pensei. Mas talvez todo este aparato visasse mesmo à exaustão, para que um outro nível de consciência pudesse emergir. E assim aguentei... mas o estado mental desejado não compareceu...
Na estrada lá embaixo, carretas imensas continuavam a assombrar a via dupla, em fileiras ininterruptas e zombeteiras de pesadíssimos e arrogantes veículos carregados de produtos geridos por grandes empresas, a expressão concreta do desafio do Capital que teríamos a enfrentar ... e que se tivesse coração e cérebro estaria solenemente nos ignorando...
E, voltando ao aqui e agora, graças a Deus - e/ou aos vários Xamãs e Druidas que poeticamente aprecio - meu bairro citadino continua quieto na Domingo de Carnaval. As diversas tradições nativas apreciam as Festas, o Espírito de Comunidade que as inspirariam . Acredito que elogiariam o Carnaval em suas manifestações agora já remotas, de congraçamento lúdico ingênuo e docemente transgressor, no contexto da brincadeira.
Hoje, o gregário se presta quase que exclusivamente à homogenização. Não há sequer mais variedade de fantasias, pela rua. Mocinhas em onipresentes biquinis com meias arrastão são cópias mais nítidas ou mais borradas umas das outras. A histeria do politicamente correto estigmatiza os 'disfarces' de índios ou havaianas, pois a 'identidade' oficial de cada um de nós não nos permite mais nela incluirmos aquelas que fantasiamos serem nossas. Como se "fantasiar" fosse um demérito mental ou ser a inspiração para uma fantasia, uma agressão moral!
Quem disse que a minha alma peregrina não foi ou é uma índia em outra dimensão? Por que não posso assim me reconhecer melhor , no reino lucidíssimo e , às vezes, mais real-do-que a-realidade da Fantasia ?!?!?! Negar esta abertura para a encarnação de um Ideal corresponde ao enterro do Sonho no seu sentido integral a que aludimos acima e ao total escárnio para com a Essência da Arte !!!
Viva a Luz do Fogo Eterno !!! |
Valeu a tentativa. amigos Filhos do Sol (dos toltecas) e da Lua (dos druidas) . Da próxima vez, experimentemos talvez um outro tipo de Encontro, aproveitando para sanar as lacunas simbólicas deste até acharmos uma maneira de virmos a desenvolver, juntos, uma expressão de Potência capaz de desbravar novos Caminhos, planejados nas interseções de Passado e Futuro, bem calçados no Presente, alternativas eficazes à Rodovia asfaltada Dominante.
domingo, 16 de fevereiro de 2020
Um oásis em novas rotas : Pousada Caipira da Serra
Já há tempos, o pulsar do meu coração se vem compassando no ritmo das vicissitudes de meu sítio. Eu gostaria de fazer meu pedacinho selvagem da Terra mais produtivo, de forma ecológica. Mais viável econômica - e quiçá simbolicamente - de forma a ele permanecer vicejante quando eu não mais estiver aqui ...
Uma nova rota possível... porque meu sítio sempre foi um espaço de lazer e recolhimento ... de encontro intimo profundo com a Natureza. E com todas as múltiplas simbologias a ela associadas .
Assim, quando eu soube de um curso de Permacultura, a ser dado por uma amiga em sua fazenda em Macaé, resolvi ir lá começar a me inteirar desta emergente tendência, dentro de um viés fortemente ecológico, ligado à agrofloresta.
O primeiro desafio foi pegar estrada desconhecida - a BR-101 - , que me foi apresentada como super coalhada de caminhões enormes e pardais implicantes . O primeiro oásis, após horas de dirigir atenta seria uma pousadinha a 20 kms de meu destino final, a fazenda da minha amiga Vera. Ela já havia me dado todas as direções possíveis, inclusive a desta pousadinha.
Realmente, foi um tanto ou quanto assustador, em especial face à sanha competitiva de infindavelmente longas carretas, insistindo em ultrapassar, vorazes, meu carrinho modesto ! Mantive-me fielmente dentro das velocidades assinaladas, temerosa das multas, em trajeto desconhecido.
Que alívio quando pude delas escapar, adentrando a pousadinha, muito bem, sinalizada , com retornos convenientes e amplos espaços arborizados ...
A fileira de chalezinhos é acolhedora. A jardineira , em frente a cada pequena varanda, refrescante. Cada quarto , simples, mas completo , tem um ar condicionado de 10.000 btus, que consegue gelar bem, mesmo com o grande calor que fazia. Banheiro tb limpinho, com água de chuveiro quente e forte.
Da diária faz parte o café da manha no restaurante em frente - bem consistente para uma viagem de trabalho - pelo preço módico de R$ 100,00 para casal e R$80,00 para uma pessoa . .
Consiste em café com leite e misto quente ou queijo na chapa do pão francês.
Porção generosa, aliás, de queijo de Minas fresco.
E ainda mais um suco de fruta natural (escolhi goiaba) e uma fruta (escolhi maçã)
O café é servido em avarandado do restaurante anexo á pousada, com vista para o parque e as árvores ao redor .
O cuidado com o local é atestado por um tanque bonito com carpas, como tudo ao redor tratado com esmero.
Escusado acrescentar que o atendimento dos funcionários é ótimo!
Em toda rota nova da vida, com seus desafios e possíveis perigos, precisamos de um refrigério carinhoso, que nos permita lavar a alma e retomar as forças para continuar!
Nesta pousadinha, encontrei este tipo de acolhimento e repouso !
O nome da pousada é Caipira da Serra. Fica na via movimentadíssima BR-101, Macaé, , km 175. telefones 22-27919110 e 22-27919111,
Uma nova rota possível... porque meu sítio sempre foi um espaço de lazer e recolhimento ... de encontro intimo profundo com a Natureza. E com todas as múltiplas simbologias a ela associadas .
Assim, quando eu soube de um curso de Permacultura, a ser dado por uma amiga em sua fazenda em Macaé, resolvi ir lá começar a me inteirar desta emergente tendência, dentro de um viés fortemente ecológico, ligado à agrofloresta.
O primeiro desafio foi pegar estrada desconhecida - a BR-101 - , que me foi apresentada como super coalhada de caminhões enormes e pardais implicantes . O primeiro oásis, após horas de dirigir atenta seria uma pousadinha a 20 kms de meu destino final, a fazenda da minha amiga Vera. Ela já havia me dado todas as direções possíveis, inclusive a desta pousadinha.
Realmente, foi um tanto ou quanto assustador, em especial face à sanha competitiva de infindavelmente longas carretas, insistindo em ultrapassar, vorazes, meu carrinho modesto ! Mantive-me fielmente dentro das velocidades assinaladas, temerosa das multas, em trajeto desconhecido.
Que alívio quando pude delas escapar, adentrando a pousadinha, muito bem, sinalizada , com retornos convenientes e amplos espaços arborizados ...
A fileira de chalezinhos é acolhedora. A jardineira , em frente a cada pequena varanda, refrescante. Cada quarto , simples, mas completo , tem um ar condicionado de 10.000 btus, que consegue gelar bem, mesmo com o grande calor que fazia. Banheiro tb limpinho, com água de chuveiro quente e forte.
Da diária faz parte o café da manha no restaurante em frente - bem consistente para uma viagem de trabalho - pelo preço módico de R$ 100,00 para casal e R$80,00 para uma pessoa . .
Consiste em café com leite e misto quente ou queijo na chapa do pão francês.
Porção generosa, aliás, de queijo de Minas fresco.
E ainda mais um suco de fruta natural (escolhi goiaba) e uma fruta (escolhi maçã)
O café é servido em avarandado do restaurante anexo á pousada, com vista para o parque e as árvores ao redor .
O cuidado com o local é atestado por um tanque bonito com carpas, como tudo ao redor tratado com esmero.
Escusado acrescentar que o atendimento dos funcionários é ótimo!
Em toda rota nova da vida, com seus desafios e possíveis perigos, precisamos de um refrigério carinhoso, que nos permita lavar a alma e retomar as forças para continuar!
Nesta pousadinha, encontrei este tipo de acolhimento e repouso !
O nome da pousada é Caipira da Serra. Fica na via movimentadíssima BR-101, Macaé, , km 175. telefones 22-27919110 e 22-27919111,
quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020
O terreno propício
Na última postagem, eu me despedia da época de floração dos jasmins do cabo, no sítio. E apresentava as novas mudinhas, ainda a serem plantadas, da mesma flor, cuja exuberante brotação atestara que a espécie se dá bem no nosso tipo tipo de jardim.
Qual não foi minha surpresa, em lá chegando, semana passada, descobrir que uma mudinha recém-plantada explodira em botões cheirosíssimos, perfeita atemporal miniatura das irmãs mais velhas, agora já despidas de seus adornos ?
Qual não foi minha surpresa, em lá chegando, semana passada, descobrir que uma mudinha recém-plantada explodira em botões cheirosíssimos, perfeita atemporal miniatura das irmãs mais velhas, agora já despidas de seus adornos ?
Isto ocorre quando um ser vivo encontra um terreno propício a sua verdadeira essência !!!
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