sexta-feira, 19 de junho de 2020

A Campo e a Cidade



Nos últimos tempos, tenho-me aproximado muito de minha roça, seguindo a tendência dos citadinos angustiados com as mazelas das metrópoles. Continuo a gostar muitíssimo de lá. Mas, espírito inquieto que sou - ou talvez em função dos dias sombrios da minha última subida - percebo que, embora a bela contínua renovação do ciclos da vida que floresce no campo continue a me encantar, preciso de um pouco mais do que isto; do tipo de recurso simbólico de aprofundamento da experiência , provido pelas Humanidades que vicejam nas cidades.


Assim, depois de mais de um ano sem queijo, a primeira de minhas três vaquinhas grávidas teve um bezerrinho. É um deleite observar o serzinho gracioso e ingênuo , no estábulo novo que o Moisés construiu.  A seu lado, uma bezerrinha cuja origem nçao reconheço, talvez de alguma cria de vizinho.



Movida por tal inquietação íntima, fui procurar na Internet referências  de natureza artística do serzinho bovino .

E encontrei uma bela pintura de uma artista chamada Rosa Bonheur.

Fui saber mais sobre ela e verifiquei que embora  interessada em retratos detalhados de  animais de grande porte , Rosa, que viveu no século XIX, foi uma artista citadina, residindo e expondo em Nova York  embora  viajando com frequência para os verdes prados onde seus modelos animais podiam ser  se encontrados.

Que belo exemplo de cooperação entre o cultivo da sensibilidade artística mais refinado na cidade e a inspiração que a Natureza nos oferta, que reside com mais pujança no campo !

Um pouco mais sobre esta artista pouco conhecida, abaixo:






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