Nos últimos tempos, tenho-me aproximado muito de minha roça, seguindo a tendência dos citadinos angustiados com as mazelas das metrópoles. Continuo a gostar muitíssimo de lá. Mas, espírito inquieto que sou - ou talvez em função dos dias sombrios da minha última subida - percebo que, embora a bela contínua renovação do ciclos da vida que floresce no campo continue a me encantar, preciso de um pouco mais do que isto; do tipo de recurso simbólico de aprofundamento da experiência , provido pelas Humanidades que vicejam nas cidades.
Assim, depois de mais de um ano sem queijo, a primeira de minhas três vaquinhas grávidas teve um bezerrinho. É um deleite observar o serzinho gracioso e ingênuo , no estábulo novo que o Moisés construiu. A seu lado, uma bezerrinha cuja origem nçao reconheço, talvez de alguma cria de vizinho.
Movida por tal inquietação íntima, fui procurar na Internet referências de natureza artística do serzinho bovino .
E encontrei uma bela pintura de uma artista chamada Rosa Bonheur.
Fui saber mais sobre ela e verifiquei que embora interessada em retratos detalhados de animais de grande porte , Rosa, que viveu no século XIX, foi uma artista citadina, residindo e expondo em Nova York embora viajando com frequência para os verdes prados onde seus modelos animais podiam ser se encontrados.
Que belo exemplo de cooperação entre o cultivo da sensibilidade artística mais refinado na cidade e a inspiração que a Natureza nos oferta, que reside com mais pujança no campo !
Um pouco mais sobre esta artista pouco conhecida, abaixo:
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