sábado, 30 de janeiro de 2021

Perspectivas de novas parcerias

 Depois de longos meses de combinações e adiamentos, jovens agrônomos da Consultoria da Agrosuisse, que trabalha com projetos rurais ecológicos, veio me apanhar em casa e subimos cedinho para o sítio, para um primeiro Diagnóstico Ambiental. 

Chegamos famintos. Em volta da ampla mesa de jantar - afinal vestida com uma toalha de xadrez verde e branco há tanto tempo esperando esta oportunidade ! - eles teceram louvores ao farto café, com queijo e doces e geleias, tudo do sítio , particularmente elogiando estas.  


 

Desde então , insistiram em que eu considerasse a ideia de um turismo ambiental, já que meu sítio é uma pequena consistente mescla de muitas  atividades da roça, quais galinheiro e vaquinhas. 

Depois, corri o sítio todo com eles ... árvores frutíferas, cafezal, bananal... aqui e ali extensões das hortaliças plantadas por Moisés, Eles coletavam terra dos diversos terrenos, verificavam instalações. Sem esquecer o viés de apreciação estética, tão importante para mim, como nas belas raízes expostas de algumas árvores . 



O ponto alto foi a minha querida floresta; descobri que contém preciosas e muito abundantes palmeiras de juçara . Podem vir a ser fonte de extrativismo sustentável, a partir da coleta de  frutos e sementes, aparentados ao do açaí da Amazônia. 

Também preservam maravilhosamente o meio ambientem o que é atestado pela presença do líquen vermelho em cascas dos troncos a seu redor...

Depois, outro alegre almoço , também com verduras, ovos, peixe do sitio - no caso o pacu ! 


Antes de irem, foi filmado o aspecto  geral do sítio, de cima,  com um drone;  gostei muito do seu jeitinho de bichinho mecânico, obedecendo ao comando do Dudu e pousando em sua mão , na volta das fotos, como um domesticado passarinho eletrônico ! 



Um primeiro passo essencial  nas mudanças de mentalidade em torno do sítio ! Esperemos pelas cenas dos próximos capítulos desta sutil empreitada! 







segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

O futuro chega ao sítio

 Em forma de um carro branco com escadas nas laterais .


E fios se estendem entre o último poste da rede e o mais próximo de casa.

 

Passam pelas plantas de meu jardim e entram em meu lar ...     

Com muita gentileza, os técnicos abrigam o modem e o roteador na mesinha de estudos na saletinha do andar de cima... 

Tomam cuidado em o melhor possível adaptar a fiação à estética roceira, com a assistência da Elizangela, minha nova auxiliar nas lides caseiras...  

E eis-nos conectados ao século XXI !!! 







domingo, 3 de janeiro de 2021

Passagem de anos estendida II

 Ontem, continuei o festejo simbólico do ano novo, numa réplica descansada de um almoço inaugural dedicado a promover  bons fluidos para o nascente período . 

  

A 'pièce de resistence' era um presunto cercado dos legumes que faço sempre para mim em casa, nesta época de quarentena, escolhidos entre os que dão menos trabalho para serem cozidos : couve-flor, brócolis, chuchu, quiabo e cenoura, acompanhados de uma saladinha verde (com um pouco de alfafa para dar um quê de diferente), mais o que sobrou dos bolinhos de bacalhau do Natal e rabanadas (feitas no forno) para sobremesa (mais as frutinhas natalinas secas e frescas)  

Os outros acompanhamentos haviam sido  comprados no Hortifruti: arroz com lentilhas (que eu nunca havia provado e achei sem graça ; além de estar com pouco sal), grão de bico (bem temperado e um favorito) e uma das três farofas que eu havia adquirido  - o olho maior que a barriga -  a mais 'adubada' (a 'crocante', com castanha do Pará, nozes, uvas pretas e claras, damasco etc .) , mas nem por isto muito gostosa ...     
  
 O desafio simbólico da inovação foi outra vez tentar gostar de um novo vinho. Como (admito tal ignomínia)  costumo apreciar mais suco de uva do que vinho, uma amiga bem intencionada me indicou o  rótulo Primitivo, que se aproximaria destas características primárias,  quase simplórias, de minha condição de apreciação, com um mínimo de classe. Comprei o que, segundo o sommelier do supermercado, mais se lhe aproximaria disponível  nas prateleiras . Tive o trabalho de abrir a rolha de cortiça , para mais uma vez não ver nada de tão especial assim no mitológico extrato da uva curtida, esmagada e depurada!



Brindei ao futuro com meio cálice cheio, para dar o resto da garrafa a quem melhoro a merecesse na segunda feira, quando voltamos ao trivial cotidiano.

Mais me divertiu usar,  para preservar o vinho, a rolhinha de urso que trouxe, há tanto tempo, do Canadá!

Ela me lembra o clima frio que tanto aprecio, o desejo de viagem a  países de florestas densas de animais fortes e esquivos... um pouco, afinal, de evasão e fantasia numa data a elas devotada !  

E Feliz Ano Novo, para os eventuais, sempre transitivos e queridos, amigos deste blog ! 









sábado, 2 de janeiro de 2021

Passagem de anos em ritmo estendido I

 Ao contrário do Natal, que sempre me emociona um pouquinho, não sou em nada dada a comemorar o 'ano novo' , mesmo porque quase sempre à meia-noite estou dormindo. Mas este 2020 que finda foi mesmo um período de vida muito pesado, em geral,  e, em seu final, para mim também em particular . E adepta de representações simbólicas que sou, deixe-me capturar um tanto em sua rede. 

Mesmo porque, esta passagem de ano se constituiu em um feriado comprido, alongando-se para o sábado e o domingo ... Tive a chance de fazer com calma, em meu próprio ritmo, os preparativos de 'festejo' ; os quais, para mim, além da troca intensa das mensagens por WhatsApp, constam de arranjos de comidinhas e de mesa  peculiares  a datas especiais. 

Cedendo um pouco ao ritual de homenagear o  primeiro dia do nascente ano, preparei uma mesa de brunch entre simbólica e realista, ou seja, incluindo itens de significado íntimo e outros que iria de verdade consumir...


Detalhando-lhes a escolha ...

Adoro a delicadeza das physalis envoltas em suas folhinhas secas que  mal nos permitem ver os globinhos agridoces amarelos, como lâmpadas escondidas em envoltórios  de papel crepe .. 
E cerejas, ameixas frescas, blueberries e uvas são a sinfonia frutífera de tons lilás-arroxeados de minha preferência nas Festas... 


Fazendo honra a uma gulodice  assumida, a cestinha de pão era protagonista de outra mini-historieta. 


O queijinho e o pote de geleia de jabuticaba do centro são do sítio. À sua direita, o doce de tomate que um analisando me deu, me lembra de minha querida Clinica. À sua esquerda, o potinho de geleia de jabuticaba da AmadaMata me remete a um dos melhores momentos do ano que finda, em que me permiti um prazer de escapada do cotidiano.  Mas as estrelas desta constelação eram os pães artesanais, de nozes e  passas e de queijo canastra com ervas. acomodados em leito de torradas de orégano. 
 A foto acima confirma o quão  bem recheados eles são dos acepipes prometidos ! 


Pretendia demonstrar controle com a caixa de biscoitos de manteiga que só me permito nesta época, esvaziada pela metade exata (até o Natal) de maneira a que o restante o seja até o Dia dos Reis ! 



Por outro lado, a verossimilhança da cena vem da bandejinha ao lado da cama , onde degustei , vendo um bom filme, os pães com muita manteiga e suco de laranja, o arquétipo dos cafés da manhã  proibidos e deliciosos de minhas quebras de rotina em ocasiões menos solenes !