sábado, 2 de janeiro de 2021

Passagem de anos em ritmo estendido I

 Ao contrário do Natal, que sempre me emociona um pouquinho, não sou em nada dada a comemorar o 'ano novo' , mesmo porque quase sempre à meia-noite estou dormindo. Mas este 2020 que finda foi mesmo um período de vida muito pesado, em geral,  e, em seu final, para mim também em particular . E adepta de representações simbólicas que sou, deixe-me capturar um tanto em sua rede. 

Mesmo porque, esta passagem de ano se constituiu em um feriado comprido, alongando-se para o sábado e o domingo ... Tive a chance de fazer com calma, em meu próprio ritmo, os preparativos de 'festejo' ; os quais, para mim, além da troca intensa das mensagens por WhatsApp, constam de arranjos de comidinhas e de mesa  peculiares  a datas especiais. 

Cedendo um pouco ao ritual de homenagear o  primeiro dia do nascente ano, preparei uma mesa de brunch entre simbólica e realista, ou seja, incluindo itens de significado íntimo e outros que iria de verdade consumir...


Detalhando-lhes a escolha ...

Adoro a delicadeza das physalis envoltas em suas folhinhas secas que  mal nos permitem ver os globinhos agridoces amarelos, como lâmpadas escondidas em envoltórios  de papel crepe .. 
E cerejas, ameixas frescas, blueberries e uvas são a sinfonia frutífera de tons lilás-arroxeados de minha preferência nas Festas... 


Fazendo honra a uma gulodice  assumida, a cestinha de pão era protagonista de outra mini-historieta. 


O queijinho e o pote de geleia de jabuticaba do centro são do sítio. À sua direita, o doce de tomate que um analisando me deu, me lembra de minha querida Clinica. À sua esquerda, o potinho de geleia de jabuticaba da AmadaMata me remete a um dos melhores momentos do ano que finda, em que me permiti um prazer de escapada do cotidiano.  Mas as estrelas desta constelação eram os pães artesanais, de nozes e  passas e de queijo canastra com ervas. acomodados em leito de torradas de orégano. 
 A foto acima confirma o quão  bem recheados eles são dos acepipes prometidos ! 


Pretendia demonstrar controle com a caixa de biscoitos de manteiga que só me permito nesta época, esvaziada pela metade exata (até o Natal) de maneira a que o restante o seja até o Dia dos Reis ! 



Por outro lado, a verossimilhança da cena vem da bandejinha ao lado da cama , onde degustei , vendo um bom filme, os pães com muita manteiga e suco de laranja, o arquétipo dos cafés da manhã  proibidos e deliciosos de minhas quebras de rotina em ocasiões menos solenes ! 







    

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