Ontem, continuei o festejo simbólico do ano novo, numa réplica descansada de um almoço inaugural dedicado a promover bons fluidos para o nascente período .
A 'pièce de resistence' era um presunto cercado dos legumes que faço sempre para mim em casa, nesta época de quarentena, escolhidos entre os que dão menos trabalho para serem cozidos : couve-flor, brócolis, chuchu, quiabo e cenoura, acompanhados de uma saladinha verde (com um pouco de alfafa para dar um quê de diferente), mais o que sobrou dos bolinhos de bacalhau do Natal e rabanadas (feitas no forno) para sobremesa (mais as frutinhas natalinas secas e frescas) O desafio simbólico da inovação foi outra vez tentar gostar de um novo vinho. Como (admito tal ignomínia) costumo apreciar mais suco de uva do que vinho, uma amiga bem intencionada me indicou o rótulo Primitivo, que se aproximaria destas características primárias, quase simplórias, de minha condição de apreciação, com um mínimo de classe. Comprei o que, segundo o sommelier do supermercado, mais se lhe aproximaria disponível nas prateleiras . Tive o trabalho de abrir a rolha de cortiça , para mais uma vez não ver nada de tão especial assim no mitológico extrato da uva curtida, esmagada e depurada!
Mais me divertiu usar, para preservar o vinho, a rolhinha de urso que trouxe, há tanto tempo, do Canadá!
Ela me lembra o clima frio que tanto aprecio, o desejo de viagem a países de florestas densas de animais fortes e esquivos... um pouco, afinal, de evasão e fantasia numa data a elas devotada !
E Feliz Ano Novo, para os eventuais, sempre transitivos e queridos, amigos deste blog !
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