domingo, 25 de abril de 2021

Derivativo alpino: projeto ou devaneio ?

 Domingo é dia tão tedioso! Ainda mais em tempo de Coronavirus quando as  opções de vagar por espaços externos estão muito restritas.

Não aguento mais ver TV ! Como os filmes se repetem ! Preciso moderar a gulodice, as roupas reclamam. O sitio ainda tem pra mim  uma certa ambiguidade , ainda reluto no que  me soa - um pouco - como um estreitar da vasta amplitude da vida pensando em dividir meu tempo entre o Rio e lá... 

E  procurando escamotear-me destas perspectivas , derivo delas, margeando-as. estendo meu amor às montanhas, às florestas, ás fazendas em especial às leiteiras,  a uma fantasia antiga de conhecer os Alpes, mais precisamente os austríacos. 


Há quanto tempo não faço uma viagem mais longa! Dez anos ! Antes de começar a escrever este blog. Antes de ter comigo a Morgana que fez nove anos em novembro ! 

Começo a pesquisar na Internet bonitas cidadezinhas alpinas entre verdes gramados e lagos muito azuis...

Interlaken 
                                          

            E da Áustria chego até a Suíça nesta andarilhagem preguiçosa on-line ... . 


 Lauterbrunnen, na Suíça 
                                               

O próximo passo, em minhas indagações,  é por onde entrar nesta deslumbrante  região silvestre 
                                                         
 E Viena me surge meio naturalmente  ...

De repente sinto tanta falta de civilização, pensamento, Arte e elegância ! Sem falar que é a cidade de Freud ... 

  O Café Central que Freud  frequentava 
                                       
Prosseguindo em minha xeretagem, vou adquirindo uma vaga noção de nomes de ruas, de museus, de hotéis em Viena . Talvez seja apenas um devaneio de fim de semana ... Talvez, não ... 

Duas semanas ainda à minha frente antes de estar oficialmente imunizada (até onde a vacina garante...) do Corona e com um minimozinho de maior liberdade de movimentos .
 
Este sonhar itinerante vai-se acentuar ou esmorecer?  Aguardemos os desígnios do Inconsciente !


 

 

quinta-feira, 22 de abril de 2021

Vacinação etapa 2

 Tomei, ainda agora, a segunda dose da vacina da Fiocruz- Astrazeneca contra a Covid, que a princípio , em 15 dias, ter-me-á protegido dos efeitos mais lesivos de possível contaminação pelo vírus. 

O que teve o primeiro momento de confuso e atabalhoado, este teve de relaxado e natural.  Alargou-se muito o numero de locais disponíveis para a vacinação . Após uma breve caminhada matutina, passei pela ABBR, pertinho de casa,  e fui devidamente imunizada.


Todos os cuidados da operação devidamente conferidos...

O vidrinho apresentado, a vacina sendo 

preenchida ante a nossa observância, antes de seu conteúdo nos ser aplicado ...


Agora é esperar um pouquinho mais e abrir  de um átimo o espectro de atividades a nos serem permitidas,,,



terça-feira, 20 de abril de 2021

O caminho da roça

Muito pouco a pouco  - e passando por diversos movimentos de resistência neste processo - estou construindo vínculos mais fortes entre a Cidade e o Campo. À medida que este deixa de ser um refúgio quase que secreto, em relação ao ambiente  urbano, e devo abrir seus rumos para aliados nesta causa de interação, torna-se necessário desvendar-lhes os trajetos, que são tortuosos e mesmo confusos, como na maioria das vias rurais...     

Atravessa-se Nova Friburgo, pela rota que segue à sua margem, ladeando o rio, sem entrar no centro. Quase já saindo da cidade, à direita, afastando-nos do rio,  abre-se uma bifurcação  para Amparo, o extremo bairro friburguense na fronteira com Bom Jardim.   É fácil reconhecer quando começa este desvio , pois à sua direita, uma mureta em amarelo permite que os carros que venham de Amparo façam uma manobra alternativa,  que os leve direto de volta ao Centro. 

Para inequívoca orientação, observe-se que à esquerda desta entrada fica um prédio de tijolos com letreiro prateado informando "Poder Judiciário. Justiça Federal . E logo abaixo , na plaquinha verde de trânsito, Amparo e São José (que já é no distrito de Bom Jardim) , as duas localidade no meio das quais fica o sitio.  


Segue-se através de trechos mais ou menos habitados ...  a pouco quilômetros da entrada , em meio a um casario mais denso e a  quebra-molas, há um Colégio estadual à direita ...  




Daí a pouquinho vem a Chácara Paraíso , onde todos os estabelecimentos (onde compro os mantimentos para o sitio que ele não produz)  mantêm o nome da Antiga Chácara , cujos terrenos ocuparam... 

E à direita é a entrada para o hospital da Unimed , o que me é bem cômodo, pois este é o meu plano de saúde...

Escasseiam, agora, as edificações e - como gosto de prover meus convidados de referências físicas - ressalto o Memorial Parque das Montanhas, também à direita, um cemitério com lindas vistas . que aliás , já investiguei  para eventual uso próprio futuro...  




Incrível que pareça. no meio do nada , surge um pardal de 50 kms! Cautela ! 
O dito-cujo funciona e multa ! 



E a estrada vai seguindo até que uma bonita casinha da PMERJ, 7ª CPA  surge á nossa frente .  A sinalização é um pouco tosca, mas é a via da esquerda, que vai para São José que devemos seguir, a Estrada Heitor Aires da Costa (da qual jamais ouvira falar até criar este mapinha visual) 


Agora são mais espaços verdes do que construções. Muita atenção é solicitada, por placas excessivas, para ultrapassar , em segurança,  uma singela pontezinha ... 


Depois dela, vem outro correr de casas modestas e cuidadinhas , no local chamado Barroso, onde fica um  ponto de ônibus (obviamente sem qualquer sinalização a respeito ), que vem/vai de Friburgo a cada meia-hora. Muitos que moram nas redondezas vem de bicicleta ou moto até ali pegar este ônibus por sua maior disponibilidade de  horários .  A antiga mercearia do Barroso mudou de lugar e virou um mercadinho ; ficava à direita, onde a janela que ali existia foi coberta (que pena!) por remendo em amarelo (atualizando, , a casinha da direita já foi pintada de diversas outras cores; acho que a mais recente é branca ) . O ônibus pára à esquerda, ao lado do alpendre.  
 
Depois, sigamos até o ponto final do ônibus que mais distante vem de Friburgo , o da Fazenda Velha. Ele só passa por aqui duas vezes por dia, de manhã e à tardinha. Aqui também fica a fronteira de Nova Friburgo com Bom Jardim. Este banco à direita,  na foto abaixo, é ponto final do ônibus.   


Subindo a estradinha em frente, na mesma foto - agora acima -  adentramos Bom Jardim, a voltagem cai para 110. O sitio fica a mais ou menos dois quilômetros  desta entrada , ás vezes impossíveis de subir , dependendo da estação do ano .  

Se não der para subir por esta primeira entrada, andem-se ainda alguns quilômetros á frente pela mesma estrada que vem de Friburgo,  até uma segunda entrada mais longa e segura - na foto à esquerda - ,  transitável em todas as épocas do ano . .




Sobe-se por esta estrada que é íngreme e empedrada. Na subida,  vislumbra-se à direita, a vasta extensão que vai para São José do Ribeirão (distrito já de Bom Jardim)  lá embaixo; é região de pedreiras, inclusive de uma que está sendo explorada  ... 


A foto abaixo é a do ponto de encontro das duas entradas . O caminho na frente da foto - que segue dali para a esquerda e o sitio , é o final da estradinha que sobe do ultimo ponto de ônibus de Friburgo; o caminho que vem pela direita, acima na foto, corresponde ao final da segunda entrada, na estrada que vai  para São José do Ribeirão.  


 Deste ponto, fica fácil seguir um mapinha mais plano, para guiar meus visitantes no trechinho final que conduz a meu Sítio !!! 







domingo, 4 de abril de 2021

Votos Pasqualinos

Adiei do mais convencional inicio do ano para este período em que nosso inclemente verão começa a ceder espaço ao outono e os símbolos  festivos - de coelhinhos a ovos enfeitados - estão mais de acordo com meu amor pelo campestre, os votos para este ano da Glória e Graça de 2021. 

Escolho, contudo, manter ainda um vínculo com a simbólica do Natal, desvendando o que continha o pacotinho dourado de minha postagem naquela data . Resquício talvez de minha crença mágica  na eficácia dos augúrios impressos no presentinho que dei para mim mesma, então...  inclusive guardando o olhinho oriental do embrulho em antiga caixinha de linhas da vovó feita de preciosa frágil  malacacheta.   

Meu amuleto mítico é uma enfeite com quatro gatos de Marrocos, cada um representando um dos eixos da minha existência que quero ver desenvolvidos em 2021. O azul é minha carreira profissional - clínica , 4F, vínculos acadêmicos; o verde , minha relação com a Natureza, em especial em seu foco com o sítio; o amarelo - que tem sido, aliás, o mais valioso e que mais me tem ensinado neste cenário atípico de Pandemia - é a relação com o concreto,  partindo dos arranjos domésticos, novidade absoluta para mim, e se estendendo a outros campos de objetividade , menos estranhos, como organização (bem mais ágil!) de agendas de obrigações e  cuidados com a dieta e o corpo, retomados após descuido de mais de um ano.


Não tenho noção do que o gatinho lilás quer me dizer: algum interesse ou destino  que se inicia em minha alma - pois é o menorzinho dos quatro -  , talvez místico ou artístico ou não-sei-ó-que-mais. É bom mantermos um pouco de mistério sobre nós próprios atuante em nossa jornada!  

  Meu amuleto está guardadinho na estante do corredor, entre diversos outros símbolos amigos ...


Que,  deste provisório centro energético em local de Passagens em meu lar, se irradiem influências positivas em todos os meus passos, em compasso de dia-a-dia...