domingo, 30 de abril de 2023

Lá e cá: abril no Rio e nas Fronteiras

 Meu sitio cada vez mais merece seu nome Fronteiras . Cada vez mais me sinto no limiar de uma nova fase de minha vida, em que traço delimitações mais amplas - sob o signo de entrelaces bem específicos - para meus trânsitos internos/externos entre campo e cidade. 

Na minha subida deste mês, lá na sua primeira semana, seu Vinicius - sempre acompanhado de seu bonito e bem-educado filhinho Murilo, que já lhe segue os passos - veio colocar placas de isopor tanto atrás do armário da cozinha, quanto dos meus queridos quadrinhos ( ver postagem anterior) que havia sido danificado pela umidade de alguns trechos  da parede mais úmida do andar térreo da casa. 

Aliás, na semana passada, comigo já no Rio, seu Vinicius viria a me propor comprar um lote de tábuas de ipê de uma demolição em Bom Jardim . Como Ana Luiza, minha sobrinha de alma e membro fundador do 4F,  andou fazendo um curso de bioconstrução em Bom Jardim,  ela contatou um construtor de lá para conferir a qualidade do material e a justeza do preço e , com o aval deste, procedemos a algumas negociações e compramos o estoque  (mais sobre o tema em uma próxima postagem). 

Voltei a colocar florezinhas nos vasos do sítio:  há muito  não o fazia ...    


Tenho muita pena de tirar florezinhas do jardim ; eu tirei todas estas dos matos... fiz de lagumas partes de uma oferenda (ver outra postagem ), na hora de ir emboar, como simpoatia para voltar pra minha real casa... 

Tentei conciliar uma tentativa de reeducação alimentar que estava fazendo na cidade coma mesa bonita, cheia de produtos frescos do sitio... mas não adianat muito , só como bem por lá... 

O ponto alto da subida foi mais uma de minhas elaborações poéticas anuais ,  em torno dos caquizeiros, de que fiz um bonito video... as estações de flores e frutos no sitio paraecem nunca esgotar minha inspiração...  


(mais tarde, eu o posto aqui ) 

Trouxe MUITO caqui para casa.  Coloquei o conteúdo das duas caixas em todos os lugares imagináveis, por todos os cômodos, mesas, nas portas e gavetas da geladeira .


E saí presenteando caquis por analisandos , vizinhos, empregados e uma amiga sua antiga admiradora a Vera Vidal. Devia ter tirado tirado muitas fotos divertidas ... Adoro receber os elogios da maravilha doce , macia e sem sica que é o fruto de meus velhos caquizeiros... estes seres certamente melhoram muito com a idade... 

E gostei de ver meu bezerro malhado crescendo tão bonito... 


Mas a volta me jogou em um torvelinho de deveres urbanos, que nem quero lembrar. 
E me agarrei a pequenos consolos de flora e fauna... 

No meu próprio prédio do Rio, duas flores muito diferentes brotaram no nosso jardim. 

Morgana, minha gatinha daqui , cujo humor varia muito, andou bastante carinhosa comigo . 

E a salvação derradeira, já que o nosso Parque Laje de outrora foi invadido por uma turba ignara, adepta dos selfies e do berreiro,  foi ter o nosso belo parque do Jardim Botânico para perambular por um verde coalhado de águas macias e flores semi-adormecidas ... 

Me esquecer um pouco do que cada vez menos tolero perto delas... 





E uma das inscrições em um de seus bancos é ainda um resquício de como a Cidade - e um impulso bom de aliar a civilização à defesa da Natureza - pode estar presente nesta minha nostálgica caminhada 















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