Nesta semana, comecei uma espécie de translado de minha vida ordinária para a antecipação de minha excursão amazônica , cujos requisitos são bastante complexos... e os fui registrando enquanto expressão da urgente mudança de hábitos - mesmo que pequenos - que prenuncia uma viagem de preparo - externo e interno - mais exigente ...
No inicio da semana, em meu sofá da sala, coloco a mala de mão que vou usar, ainda em meio a sacas do sitio que ainda não havia desarrumado ... e nas quais só voltarei a tocar quando voltar de Amazonas; até lá não vou ter mais tempo de subir pra minha pequena floresta ...
Resolvo não comparecer a uma manifestação pró defesa da Natureza a que iria por estes dias ... è uma área em que tenho me mantido razoavelmente ativa (vale a pena talvez registrar), em especial no que diz respeito a proteção dos animais silvestres que habitam na cidade do Rio. Mas tudo se faz tanto on-line hoje em dia...
Dou particular apoio a grupos como o Vida Livre - que fico feliz de saber que tem agora um programa na TV - e contribuo regulamente com a SUIPA. |
Em vez da minha caminhada - que toma algum tempo de que não disponho quase - , aproveito uma brecha de tarefas práticas que tinha a realizar por lá (nunca vou neste bairro), para zanzar por um espaço verde que ainda não conhecia, o Parque de Ipanema ...
Por detrás de uma imensa amendoeira, vejo brechas do mar e das pedras do Arpoador - admirada , eu mesma, como , dentro de uma grande cidade, ficamos anos sem sequer vislumbrar relevantes aspectos da paisagens de bairros próximos em quilometragem, mas muito distantes em 'modus vivendi' !
Enquanto isto, quase esqueço a florzinha do mato que eu trouxera do sitio em um saquinho de plástico com água e, para que resistisse, colocara em um copo de geleia mal chegara no Rio . Com a correria citadina , eu havia esquecido de passa-la para jarrinho mais bonito . Mas ela está ressecando devagar, sem morrer, virando uma alegoria delicada de como preservar o essencial da nossa relação com o que nos importa de verdade, cristalizado em forma mais singela , mas sempre bela , em meio às imperfeições de nossas possibilidades de fazê-lo.
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