sexta-feira, 19 de maio de 2023

Ensaiando como escrever o blog na Floresta ( se der ) por celular - e outras mini-mudanças de hábitos ...

Estou treinando com meu fiel escudeiro Armando como - se possível , em algum dos pontos fortuitos em que se tem Internet na mata - registrar neste blog  alguns momentos de encontro com Mãe de todas as Florestas, mas desta vez por celular .  Pois resolvi não levar meu laptopinho; creio que - como acontece quando o carrego comigo pro sitio -  eu não o utilizaria e seria mais só um volume virando trambolho  pra lá e pra cá ... 

Nesta semana, comecei uma espécie de translado de minha vida ordinária para a antecipação de  minha excursão amazônica , cujos requisitos são bastante complexos... e os fui registrando enquanto expressão da urgente  mudança de hábitos - mesmo que pequenos - que prenuncia uma viagem de preparo - externo e interno - mais exigente ...  

No inicio da semana, em meu  sofá da sala, coloco a mala de mão que vou usar, ainda em meio a sacas do  sitio que ainda não havia desarrumado  ... e nas quais só  voltarei a tocar quando voltar de Amazonas; até lá não vou ter mais tempo de subir pra minha pequena floresta ...   


Resolvo não comparecer a uma manifestação pró defesa da Natureza a que iria por estes dias ...  è uma área em que tenho me mantido razoavelmente ativa (vale a pena talvez registrar), em especial no que diz respeito a proteção dos animais silvestres que habitam na cidade do Rio. Mas tudo se faz tanto on-line hoje em dia... 

Dou particular apoio a grupos como o Vida Livre - 
que fico feliz de saber que tem agora um programa na TV -
e contribuo regulamente com a SUIPA. 

 Em vez da minha caminhada  - que toma algum tempo de que não disponho quase -  , aproveito uma brecha de tarefas práticas que tinha a realizar por lá (nunca vou neste bairro),  para zanzar por um espaço verde que ainda não conhecia, o Parque de Ipanema ... 

Por detrás de uma imensa amendoeira, vejo brechas do mar e das pedras do Arpoador -   admirada , eu mesma, como , dentro de uma grande cidade, ficamos anos sem sequer vislumbrar relevantes  aspectos da paisagens de bairros próximos em quilometragem, mas muito distantes em 'modus vivendi' !




E começo a encher a malinha de mão  de alguns de seus primeiros conteúdos ... Eu costumava arrumar minhas malas na véspera de viajar. Mas é tanta coisa a levar quando vai-se ficar muito tempo sem contato com a civilização, sem uma farmácia, uma papelaria, uma lojinha de informática, um supermercado...




  
Enquanto isto, quase esqueço a florzinha do mato que eu trouxera do sitio  em um saquinho de plástico com água  e, para que resistisse, colocara em um copo de geleia  mal chegara no Rio . Com a correria citadina , eu havia esquecido de passa-la  para jarrinho mais bonito . Mas ela está  ressecando devagar, sem morrer, virando uma alegoria delicada de como preservar o essencial da nossa relação com o que nos importa de verdade,  cristalizado em forma mais singela , mas sempre bela , em meio às imperfeições de nossas possibilidades de fazê-lo.   





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