sábado, 28 de outubro de 2023

Magia de Beltane no século XXI no Campo e na Cidade

 Tentei manter o ritual da magia celta de Beltane o mais próxima possível de suas origens celtas; realoquei o ritual sexual de promover fertilidade a uma finalidade bem específica, propiciar que nasça uma fêmea na inseminação artificial sexuada que o veterinário fez em dia e horário bem precisos: na 5ª feira, 26/10, às 15 hs da tarde . Assim, mesclei o místico e o científico, o poético e o prático, o Campo e a Cidade.

No mesmo dia e horário, aqui , do Rio, tão longe, realizei alguns elementos do ritual, que se centra em torno do fogo sagrado e a ele acrescenta flores, frutos e sementes e a suave fragrância  de certos incensos - escolhi alguns consagrados , canela (pensando na árvore que tenho no sítio) e sândalo (perfume tanto sensual, quanto religioso, por excelência ) .  Deve haver também um elemento de banquete, produzido a partir de elementos próximos da Natureza: escolhi o chocolate, por evidente preferência pessoal, mas produzido a partir de leite animal e cacau vegetal e veículo dos tipos de  energia e prazer que a festa homenageia...


Em meio a minha correria de sempre, arrumei na janela de meu quarto - longe dos olhares de analisandos que aqui viriam neste dia - os signos concretos do ritual  . Junto a um reloginho quebrado, que tem uma vaquinha de enfeite, qual imagem devocional,  um antigo castiçal de cobre com uma vela, minha orquídea do workshop da semana passada, sete jabuticabas, três sementes de tangerina, um chocolate (de 70 % da Kopenhagen ) e esperei a hora exata soar ...


Acendi a vela e os incensos, e comecei a degustar um pedacinho do chocolate , devagar e docemente.
Enquanto isto concentrei toda a minha Potência de Corpo-Alma disponível  em uma prece plena de simbologias relacionadas à ancestral celebração e à minha relação íntima com elas.
Claro que o teor desta prece é secreto. 

Deixei a vela e os incensos extinguirem-se de per si, enquanto retomava o ritmo das tarefas cotidianas.

Ainda limpei as folhas secas de uma planta na janela da sala há muito abandonada - tadinha ! - por ladear três orquídeas que possuo , de há pouco tempo : a que perdeu as flores e mantem-se, bravamente viva ( que Kátia me deu no meu aniversário) ; a que ela também  nos ofertou e que enfeitou a mesa da recente comemoração do 4F ; e a que comprei na feirinha de orquídeas , no Jardim Botânico,  ao lado do workshop da Dulce, na semana passada. 

Parece tão pouca esta mini-arrumação em minha casa na Cidade: mas é um sinal quase imperceptível  precioso para mim de minha disposição de prosseguir - no compasso que  me for possível - minha mudança para meu  Verdadeiro Lar do Coração. 




domingo, 22 de outubro de 2023

Aquarela e orquídeas no Jardim Botânico : um ano depois

 Neste mesmo mês de outubro, um ano depois, volto a fazer um workshop de aquarela de orquídeas com a querida Dulce Nascimento, no mesmo Jardim Botânico onde ocorreu então e partir de quando comecei a planejar minha viagem a Amazonas. 

Foi muito bom voltar a ouvir suas instruções, às quais mais precisamente entendi, outra e uma nova vez. E a ter na minha frente a mesma folha com o desenho explicativo da orquídea, com os exercícios para os principiantes que pulei , indo direto ao desenho da orquideazinha que escolhi .




Ao invés de Sue, as companheiras de jornada desta vez foram Ana Luiza e Marcia que conheceram Dulce na reunião de 10 anos do 4F .  Marcia se perdeu no caminho e Aninha foi ajudar a resgatá-la. 
Enquanto eu já ia ensaiando minha tarefa mais exigente  ...


Eis a o trio dinâmico desta vez !!!


Ao final do workshop , eu  copiara toda a minha orquídea, inclusive seus ângulos mais difíceis ! 

E acabei mesmo comprando minha florzinha, para, quem sabe, concluir a tarefa de transforma-la em aquarela  proximamente ... 


Quem sabe no ano que vem já consigo trabalhar direto na aquarela ?

Enquanto isto, obrigada à excelente companhia dos colegas e ao grande aprendizado com a Dulce Nascimento !!!





 

sexta-feira, 20 de outubro de 2023

Ainda retalhos da beleza passada

 Dia feio e abafado hoje no Rio ... nem frio, nem quente, morno ... cinzento ...

Trago retalhos de momentos bonitos do sitio , não obrigatoriamente da última subida, mas daquela de setembro e  atemporais ... 

O jardim do sitio na primavera


Os manacás da cerca na primavera


E deitada em um banco na floresta, vejo o movimento e escuto... 


.. o vento na copa das árvores 


Eu quisera ficar um tempo longo e descontraído sentada em meu banquinho rústico,em meio à brisa fresca,  envolta nas flores do manacá, no perfume e da ternura de meu sitio... 





Tristes ( final de primavera e inicio de verão) Trópicos

 Foi uma subida  jururu ao sitio neste inicio de mês. Seria a época das primeiras jabuticabas temporãs. Florescendo em setembro - e inebriando de seu doce aroma toda a redondeza -  elas estariam maturando devagar durante outubro para se oferecerem abundantíssimas e saborosas - em novembro ao nosso paladar.

Perdi a conta das mil fotos que tenho em registro das minhas jabuticabeiras carregadas, rendendo entre 10 e 20 caixotes, se transformando em potes infindáveis de geleias em inesgotáveis estoques, que se emendavam uns nos outros ... 

Pois este ano, com a alternância de frio molhado e calor infernal que tem feito, secaram  florezinhas nos galhos, apodreceram frutinhos adolescentes a elas vizinhos  e eu mal  trouxe um caixotinho modesto com bravas remanescentes ... 

Continua tudo meio atabalhoado, meio embrulhado em minha vida cotidiana ... 

Do sítio desta vez , trago o registro amável de meu gatinho Caramelo - que vai atrás de mim onde eu vá no sítio -  me acompanhando na piscina. Mas que lugar é este para um gatinho fazer a sesta , embaixo da cadeira de praia  ! 



Pequenas lealdades graciosas ...