Para onde vou ? Onde é o meu lar de alma ?
Quero ir mais para o sitio , mas não pretendo abandonar de todo a cidade. Penso em ter aqui um 'pouso', um lugar meio de passagem . Preciso ainda aprofundar meu projeto 4F e aproveitar algumas coisas praticas - médicos, investimentos - da cidade . Também aqui devo redescobrir as coisas boas, que são poucas, mas existem (como seletas expressões da Arte e da Cultura ) .
Nestas dinâmicas, tenho de jogar fora muita coisa do passado, para deixar lugar par o novo . Muita coisa do reino das emoções, mas também coisas concretas, roupas e sapatos velhos , por exemplo .
Meu velhíssimo cabideiro - foi um dos primeiros presentes que o ex-marido Miguel me deu quando recém- casados - simplesmente quebrou um pé e está ancorado ambiguamente a muitas caixas de sapato, nem todas eles em uso, repleto de bolsas novas ainda em suas sacolas junto àquelas 'de ambígua estimação ' .Recentemente, em termos também da revisão psicanalítica profunda que ando fazendo em mim mesma, doei todos os sapatos que haviam pertencido a minha mãe. Definitivamente, e especificamente em territórios libidinais relevantes, não quero seguir os seus passos, nem aqueles de minha avó a quem minha mãe, por conta de um Édipo distorcido, copiou , pegada por pegada apática/sanguinolenta.
À esquerda :
Por trás de pufes e por baixo de mesas do escritório está uma papelada e um monte de recordações de retratos etc mais sofridos: memórias maternas e de família que precisam ser transformadas em material de inventário, destruídas e/ou arquivadas. Para mitigar o tom mais tristonho desta foto, em primeiro plano coloco minha pasta de material de aquarela .
Por trás de pufes e por baixo de mesas do escritório está uma papelada e um monte de recordações de retratos etc mais sofridos: memórias maternas e de família que precisam ser transformadas em material de inventário, destruídas e/ou arquivadas. Para mitigar o tom mais tristonho desta foto, em primeiro plano coloco minha pasta de material de aquarela .
À direita, muitas pastas e caixas contendo registros e planejamentos em curso para o 4F , para o sitio, para múltiplos aspectos criativos de minha vida, inclusive cópias de contos e rascunhos de desenho. tudo a ser melhor classificado ! . Misturados com papelada de IR antiga e outros que tais, assim como históricos e receitas de Morgana.
Quisera eu que meus projetos de Arrumação de Tralhas e Relíquias , de transicão de Moradas, seguissem o ritmo de meu desejo, que em estado mais evidente por estes dias . E não me furto de, olhando o pequeno calendário amazônico ainda a meu lado, aqui na mesa de meu computador - quão significativo de uma maravilhosa viagem (há tanto tempo desejada!) ele foi para mim este ano ! - , acreditar que, no próximo mês de Novembro, em 2024, boa parte desta Revisão em Objetos dos Rumos de minha vida estará em grande parte refeita !!! E a gravura que representa o mês XI neste calendário é tão singularmente expressiva de uma Potência da Natureza e suas decodificações pela Arte e Cultura neste sentido !
A onça-pintada fala de meu bravo signo de Leão, e o araçari miudinho me lembra Vicente, o corvo da arca de Noé , que , contra todas as probabilidades, lançou-se ao Desconhecido para criar um novo Destino para si mesmo.
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