Minha querida amiga e companheira de pesquisas Bia, que tem vindo aqui em casa, para mantermos ativos nossos projetos . fez anos semana passada. Aproveitei para lhe preparar uma pequena surpresa.
Nossa 'festinha' teve a regência de um coraçãozinho de Murano em tom bois rose - tão propício a representar o gênio amoroso da aniversariante - seu presentinho , comprado por uma fresta na porta de um lojinha semi-aberta, escondida, driblando suavemente as contingências da quarentena.
Mais uma velinha soprada, no mini bolo de morangos e chocolate branco , na Delicatessen recém reaberta da esquina ...
A simbólica bonita do fogo aceso e se extinguindo realimentou minha alma no eco das boas lembranças das comemorações amigas em suspenso...
E quem realimentou meu corpo foi o delicioso suflê de chuchu que recebi, eu mesma , de regalo de minha gentil homenageada !
Só quem não sabe cozinhar avalia a minha alegria e gratidão ao acrescentar a fatia fofinha e fresca à minha porção de melancólicos congelados no jantar daquela noite !
Feliz novo ano de Vida, querida amiga !
Que, ano que vem, menos restrições , em todos os sentidos, norteiem nossos rumos nesta Terra !
quinta-feira, 28 de maio de 2020
segunda-feira, 25 de maio de 2020
Flor esquiva
Os amigos deste blog sabem o quanto eu aprecio algumas flores que custam tanto a desabrochar e o fazem por tão poucos dias que nós quase sempre ignoramos sua existência.
Como aquela de que tomei conhecimento neste mês de maio. Brotou no cume de um tufo alto de folhagem , do tipo cana, que margeia um dos canteiros laterais à área da casa. Sempre pensei que fosse do mesmo tipo do de uma outra moita similar que cresce logo adiante, formada por decorativas lanças finas e flexíveis, elegantes e uniformes garças vegetais, porém sem adornos coloridos .
Mas eis que - neste pé heterodoxo - surge uma flor, qual bifurcação laranja e amarela, na extremidade da haste verde clara altaneira !
É visível quase que tão somente a quem a procure de um ângulo inusitado, mesclada que fica sua discreta floração à vegetação exuberante.
Ou se, alertados de seu despontar, descobrimos uma posição complicada de postar a câmera para contrastar suas flores esguias sobre o fundo azul do céu.
Mas ela deu o ar de sua existência , bela rara forasteira, em nosso jardim.
E tivemos um momento de alegria , também, como ela mesma, esquivo porém intensamente presente!
Como aquela de que tomei conhecimento neste mês de maio. Brotou no cume de um tufo alto de folhagem , do tipo cana, que margeia um dos canteiros laterais à área da casa. Sempre pensei que fosse do mesmo tipo do de uma outra moita similar que cresce logo adiante, formada por decorativas lanças finas e flexíveis, elegantes e uniformes garças vegetais, porém sem adornos coloridos .
Mas eis que - neste pé heterodoxo - surge uma flor, qual bifurcação laranja e amarela, na extremidade da haste verde clara altaneira !
É visível quase que tão somente a quem a procure de um ângulo inusitado, mesclada que fica sua discreta floração à vegetação exuberante.
Ou se, alertados de seu despontar, descobrimos uma posição complicada de postar a câmera para contrastar suas flores esguias sobre o fundo azul do céu.
Mas ela deu o ar de sua existência , bela rara forasteira, em nosso jardim.
E tivemos um momento de alegria , também, como ela mesma, esquivo porém intensamente presente!
sexta-feira, 22 de maio de 2020
Conciliando mundos diferentes
A Cidade e o Campo ocupam espaços tão diversos em minha alma ! Sempre que volto do sítio, demoro uma semana para me re-aclimatar. E lá, não consigo estudar, embora minhas caras pesquisas assim como o meu amado trabalho sejam as principais razões a me atrelarem à Cidade...
No sítio não pega celular e muito menos Internet. Fico isolada com as flores e as árvores e os pássaros. Mas ando pensando que deveria tentar diminuir este hiato e comecei a rondar pela casa, vendo se achava lugares propícios ao estudo.
O primeiro foi uma escrivaninha da salinha de entrada de cima em que até agora eu mal encostava, a não ser para ligar a luz do abajour à noite. Relíquia de velhos tempos, esquecida, qual depósito de retorno indesejado, por parentes distantes, como muitas vezes acontece com a mobília de nossas residências secundárias
Nela pude distribuir os livros, pastas, cadernos, de jeito bem mais harmônico do que na escrivaninha de meu quarto, pequenina e sempre atulhada de óculos, celular (para tirar fotos) , travessas de cabelo, vasinhos de flores e suco e gulodices para beliscar à noite, sem precisar descer para jantar.
Sedenta de espaços mais abertos, fui para o caramanchão de tubélias azuis que tenho aumentado perto do açude, um local predileto para contemplação sossegada . Embora um rústico banco de madeira esteja disponível , levei cadeira de praia para melhor apoiar a prancheta de um projeto que estava rascunhando.
Logo um serzinho peludo pulou no meu colo, me distraindo a atenção.
Então, enquanto o sol ficava mais alto , fui para o quarto das visitas, que também raramente frequento. E recostando-me em um dos sofás-que-viram-cama, cercada de verde e com um 'patch of blue' bonito no céu, li todo um capítulo de livro, neste contexto diferente .
Vamos ver como estas tentativas progridem... na próxima subida ao sitio ...
No sítio não pega celular e muito menos Internet. Fico isolada com as flores e as árvores e os pássaros. Mas ando pensando que deveria tentar diminuir este hiato e comecei a rondar pela casa, vendo se achava lugares propícios ao estudo.
O primeiro foi uma escrivaninha da salinha de entrada de cima em que até agora eu mal encostava, a não ser para ligar a luz do abajour à noite. Relíquia de velhos tempos, esquecida, qual depósito de retorno indesejado, por parentes distantes, como muitas vezes acontece com a mobília de nossas residências secundárias
Nela pude distribuir os livros, pastas, cadernos, de jeito bem mais harmônico do que na escrivaninha de meu quarto, pequenina e sempre atulhada de óculos, celular (para tirar fotos) , travessas de cabelo, vasinhos de flores e suco e gulodices para beliscar à noite, sem precisar descer para jantar.
Sedenta de espaços mais abertos, fui para o caramanchão de tubélias azuis que tenho aumentado perto do açude, um local predileto para contemplação sossegada . Embora um rústico banco de madeira esteja disponível , levei cadeira de praia para melhor apoiar a prancheta de um projeto que estava rascunhando.
Logo um serzinho peludo pulou no meu colo, me distraindo a atenção.
Então, enquanto o sol ficava mais alto , fui para o quarto das visitas, que também raramente frequento. E recostando-me em um dos sofás-que-viram-cama, cercada de verde e com um 'patch of blue' bonito no céu, li todo um capítulo de livro, neste contexto diferente .
Vamos ver como estas tentativas progridem... na próxima subida ao sitio ...
segunda-feira, 18 de maio de 2020
Outono no sitio: Fartura
Que alívio sair da Cidade - onde a Peste grassa, como em tempos medievais - e ir para o Campo - onde o Outono se espraia em lindo dias azuis , céus límpidos, coalhados de fofos alvos carneiros de algodão fingindo ser nuvens...
Embora não tenhamos um outono formal em termos de produção específica de frutas, é nesta estação do ano que elas mais surgem no sítio. Na minha ausência de dois meses, foi a época dos caquis - uma caixa inteira deles ainda guardada na geladeira (passou da do sitio para a da minha casa no Rio) - e das goiabas - muitas e muitas vasilhas de seus doces estocadas no freezer, junto com as polpas dos maracujás congelados que vão ser transformados em suco durante o ano todo !
Agora, começa a época das laranjas. Já trouxe as mexericas nativas, que crescem no antigo pastinho lá de cima, que, em prol de preservar nascente, temos transformado em pomar de abacates ...
Sempre me espanto como após enchermos toda uma caixa de frutas , a árvore carregada parece ainda igual em fartura !
Este pé de mexerica é muito especial para mim. Substituiu outro pé, muito antigo, que já se foi. E filhotas suas já crescem, se preparam para tomar o seu lugar, quando for a hora, no belo ballet de passagem da Vida entre as gerações.
Fizemos um novo laranjal - desta vez com mudas cultivadas - , para substituir o antigo, que foi cedendo espaço ao pomar das jabuticabeiras junto da casa. Os arbustos se desenvolveram bem, cresceram muito e estão já pejados de todos os tipos de laranjas, Pokan, limões doces, Bahia, lima. Deve continuar a nos oferecer seus frutos que vão amadurecendo aos poucos, ao longo dos próximos meses...
E o cafezal também oferece seus lindos grãos vermelhos à paisagem bucólica. O conjunto é bonito, mas mais ainda são alguns altaneiros pés solitários, que se destacam do todo , como todo exemplar privilegiado pela Natureza.
Por trás do cafezal e do novo laranjal, estendem-se a cana de açúcar e o capim alto que já são a maior parte do alimento das vaquinhas grávidas, prestes a voltar a contribuir com o leite e o queijo para a economia familiar .
Aqui e ali espalham-se pés de frutas de cultivo quase espontâneo, por entre as recentes plantações sazonais de abobrinha, jiló e beringela , tal qual o modesto e saboroso mamão.
E a Água da Nascente !!! Com as chuvas fortes deste ano, ela voltou ! E ainda não parou de correr, restabelecendo o pequeno córrego que corre dentro da floresta , alimenta o pequeno poço entre as palmeiras...
... e até se bifurca num trechinho apertado, devolvendo a utilidade à pequena pedra em que pisamos , no seu centro, para não molharmos os pés...
Voltei há uma semana, não sei quando vou poder regressar e já morro de saudades de minha Terrinha...
Embora não tenhamos um outono formal em termos de produção específica de frutas, é nesta estação do ano que elas mais surgem no sítio. Na minha ausência de dois meses, foi a época dos caquis - uma caixa inteira deles ainda guardada na geladeira (passou da do sitio para a da minha casa no Rio) - e das goiabas - muitas e muitas vasilhas de seus doces estocadas no freezer, junto com as polpas dos maracujás congelados que vão ser transformados em suco durante o ano todo !
Agora, começa a época das laranjas. Já trouxe as mexericas nativas, que crescem no antigo pastinho lá de cima, que, em prol de preservar nascente, temos transformado em pomar de abacates ...
Sempre me espanto como após enchermos toda uma caixa de frutas , a árvore carregada parece ainda igual em fartura !
Este pé de mexerica é muito especial para mim. Substituiu outro pé, muito antigo, que já se foi. E filhotas suas já crescem, se preparam para tomar o seu lugar, quando for a hora, no belo ballet de passagem da Vida entre as gerações.
Fizemos um novo laranjal - desta vez com mudas cultivadas - , para substituir o antigo, que foi cedendo espaço ao pomar das jabuticabeiras junto da casa. Os arbustos se desenvolveram bem, cresceram muito e estão já pejados de todos os tipos de laranjas, Pokan, limões doces, Bahia, lima. Deve continuar a nos oferecer seus frutos que vão amadurecendo aos poucos, ao longo dos próximos meses...
E o cafezal também oferece seus lindos grãos vermelhos à paisagem bucólica. O conjunto é bonito, mas mais ainda são alguns altaneiros pés solitários, que se destacam do todo , como todo exemplar privilegiado pela Natureza.
Aqui e ali espalham-se pés de frutas de cultivo quase espontâneo, por entre as recentes plantações sazonais de abobrinha, jiló e beringela , tal qual o modesto e saboroso mamão.
E a Água da Nascente !!! Com as chuvas fortes deste ano, ela voltou ! E ainda não parou de correr, restabelecendo o pequeno córrego que corre dentro da floresta , alimenta o pequeno poço entre as palmeiras...
... e até se bifurca num trechinho apertado, devolvendo a utilidade à pequena pedra em que pisamos , no seu centro, para não molharmos os pés...
Voltei há uma semana, não sei quando vou poder regressar e já morro de saudades de minha Terrinha...
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