Embora não tenhamos um outono formal em termos de produção específica de frutas, é nesta estação do ano que elas mais surgem no sítio. Na minha ausência de dois meses, foi a época dos caquis - uma caixa inteira deles ainda guardada na geladeira (passou da do sitio para a da minha casa no Rio) - e das goiabas - muitas e muitas vasilhas de seus doces estocadas no freezer, junto com as polpas dos maracujás congelados que vão ser transformados em suco durante o ano todo !
Agora, começa a época das laranjas. Já trouxe as mexericas nativas, que crescem no antigo pastinho lá de cima, que, em prol de preservar nascente, temos transformado em pomar de abacates ...
Sempre me espanto como após enchermos toda uma caixa de frutas , a árvore carregada parece ainda igual em fartura !
Este pé de mexerica é muito especial para mim. Substituiu outro pé, muito antigo, que já se foi. E filhotas suas já crescem, se preparam para tomar o seu lugar, quando for a hora, no belo ballet de passagem da Vida entre as gerações.
Fizemos um novo laranjal - desta vez com mudas cultivadas - , para substituir o antigo, que foi cedendo espaço ao pomar das jabuticabeiras junto da casa. Os arbustos se desenvolveram bem, cresceram muito e estão já pejados de todos os tipos de laranjas, Pokan, limões doces, Bahia, lima. Deve continuar a nos oferecer seus frutos que vão amadurecendo aos poucos, ao longo dos próximos meses...
E o cafezal também oferece seus lindos grãos vermelhos à paisagem bucólica. O conjunto é bonito, mas mais ainda são alguns altaneiros pés solitários, que se destacam do todo , como todo exemplar privilegiado pela Natureza.
Aqui e ali espalham-se pés de frutas de cultivo quase espontâneo, por entre as recentes plantações sazonais de abobrinha, jiló e beringela , tal qual o modesto e saboroso mamão.
E a Água da Nascente !!! Com as chuvas fortes deste ano, ela voltou ! E ainda não parou de correr, restabelecendo o pequeno córrego que corre dentro da floresta , alimenta o pequeno poço entre as palmeiras...
... e até se bifurca num trechinho apertado, devolvendo a utilidade à pequena pedra em que pisamos , no seu centro, para não molharmos os pés...
Voltei há uma semana, não sei quando vou poder regressar e já morro de saudades de minha Terrinha...
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