Foi uma brecha importante , em minha vida tão corrida, entre obrigações citadinas tão maçantes, ter achado o Refúgio Ecológico Amadamata, em Macaé de Cima, no caminho do sítio, antes de Friburgo e , mesmo, de Mury.
Minha caseira havia quebrado o pé e estava já há um mês sem poder cumprir suas obrigações no sitio. Insisti em subir, para manter o ritmo de presença. Mas queria aproveitar esta 'quebra' - que me foi imposta independente de minha sempre tíbia decisão a respeito - para abrir novas perspectivas de viagem.
Comecei por perto. Achei o refúgio na Internet. Só cinco cabaninhas , em altitude elevada . em meio à mata enfeitada por rio caudaloso mas raso.
O mapa, na Internet, assim como as bonitas fotos do bem montado site - observe-se um amigo conversando no canto da tela comigo e me encorajando a viagem - , já me facilitou a reserva do chalezinho afastado . A estrada de terra, a quase uma hora do asfalto é íngreme, mas bem transitável.
Enquanto a atravesso, a vegetação vai mudando e incorporando aquela aparência mais 'alpína' que tanto aprecio, com alongados pinheiros e vegetação nativa também diferente da que me cerca em meu sítio, que já está na rota para Bom Jardim.
São doze e meio quilômetros entre o asfalto e o Hotel.
Quando já estamos bem adiantados no caminho ,
surgem, setas que sinalizam uma pequena comunidade
tranquila e esparsa , incluindo espaços para retiros,
pois o local está inserido
em reserva ambiental protegida.
Eu havia escapulido do Rio, 6ª feira depois do almoço. Foi uma alegria constatar ao chegar que minha cabaninha era tão reservada e charmosa como anunciavam as fotos que a ilustram no site .
Da cama, olhando à esquerda, para a porta de entrada, além da varanda, tem-se uma alameda linda de pinheiros antigos.
De acordo com a hora do dia, estas árvores altaneiras dão margem a fantasias poéticas, como na imagem da direita , onde as formas enrugadas dos troncos nos fazem imaginar que são as marcas de dríades e hamadríades que através deles se esgueiram para o Pomar das Fadas logo adiante...
Da mesma confortável cama , olhando em frente, outra janela descortina uma campina suave, além das quais estão caminhos levam a outras casinhas de usos aprazíveis diversos , todas entretanto discretamente afastadas de nosso olhar ...
Lá fora , na varanda envolta nos sons dos grilos e nas travessuras dos vagalumes , o picapau que zelava pelo encanto do meu entorno também adormecia...
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