domingo, 27 de dezembro de 2020

Resquícios das tradições natalinas II

 Malgrado meu desânimo, foi agradável  passar pela casa de minha mãe e participar de um almoço tardio, no dia de Natal, onde algumas de suas tradições foram mantidas de forma discreta.

Não mais, é claro, um excesso de pratos que obedeciam mais a um critério quase estético de representar um júbilo culinário do que a se prestar ao fruir conjunto de uma refeição simplesmente mais gostosa do que a do dia-a-dia. 

Mas estavam presentes, o peru, os bolinhos de bacalhau , o arroz incrementado e a saladinha, que é quase um enfeite ...  mais uns pasteizinhos de carne , de que a mamãe se tornou fã recentemente.  

Nas mesinhas laterais, não mais uma cornucópia de nozes e frutas secas, que ficavam  rolando por meses na despensa... quase que apenas  as frutas cristalizadas que a mamãe prefere, mais um ou outro  damasco para conferir cor ao arranjo. 

Também reduzimos as sobremesas ... as tão engordativas e neutras afetivamente tortas de padaria , que jamais chegaram perto de substituir a torta moscovita da época da vovó,  cujos componentes 'home made' eram preparados em longas horas das semanas anteriores . As rabanadas já são consistentes o suficiente em termos calóricos e característicos da data . E uma saladinha de frutas, fresquinha e muito variada e farta, a acompanhou lindamente.  

Trouxe para casa as sobras destes abundantes ingredientes. que vão me ajudar no preparo das refeições  corriqueiras, de dias idem-idem; que me tragam o eco de antigas alegrias em dias chuvosos e cinzentos.   . 
 




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