Ainda é sofrido para mim detalhar as mudanças da casa da mamãe para minha casa na Cidade (mudança pequena) e para minha casa na Serra (mudança grande).
Esta última foi extensa e cansativa. No dia do transporte, embora já todos os itens - de eletrodomésticos a miudezas sentimentais - já estivessem embalados e as plantas estrategicamente posicionadas , só para ajeitar tudo na caminhonete demorou-se de sete e meia da manhã até uma e meia da tarde . O veículo, muito cheio, subiu a serra devagar ; chegamos no sítio quase às seis da tarde. Isto depois de meu carrinho citadino, que orientava a caminhonete, oscilar enlouquecidamente na lama que cobria a estrada de terra dada a chuvarada recente. Até os rapazes descarregarem tudo, em três diferentes locais, e jantarem, eram já nove horas da noite, quando pegaram a estrada de volta.
Os eletrodomésticos grandes e os móveis da mamãe alojaram-se bem nos espaços para tal planejados. mas embora eu tenha trabalhado sem parar (ajudada por Elisangela) no domingo e na segunda-feira e as tenha catalogado, ainda nem abri as caixas com tudo que há de menor e mais delicado do lar materno desfeito.
Tirei muitas fotos, mas quero postar só duas, hoje. Transições simbólicas radicais precisam de tempo para serem bem incorporadas em nossa alma. Em forma de flores, na postagem de hoje.No perfeitamente bem arranjado apartamento da minha mãe, ela havia preparado, próximo a uma janela para bem receberem luz do sol, um espaço forrado de cimento e pedras (para que a água das regas não vazasse até o teto do vizinho de baixo ) , onde suas plantas vicejavam alegres. Mamãe preferia folhagens robustas, que ostentassem suas flores como quase casuais enfeites vegetais. Algumas delas estavam floridas , neste final de verão, como a da foto ao ao lado.
O apartamento da mamãe, no sétimo andar, apesar de voltado para a movimentada rua das Laranjeiras, tem uma bela vista para o verde, do Palácio do prefeito, em meio ao parque Guinle .
Da janela tipo cachimbo da sala aonde ficavam várias plantas - embora as houvesse em todos os cômodos da casa - ainda se vislumbram os prédios vizinhos ao jardim fronteiriço - ao contrário dos quartos, que se abrem diretamente para o verde.
Mas escolhi este ângulo para a foto, justamente para enfatizar o aspecto urbano da antiga residência das plantas da mamãe.
Os dois pés desta particular espécie folhuda, que já se espremiam em vasos sempre pequenos para seu contínuo crescimento, agora vão ser plantados na terra, ladeando um dos pés de antúrio do sítio ...
Como minha mãe, sou uma pessoas que preza lembranças e valoriza a carga afetiva de cada uma delas. Donde, permitam-me parar por aqui hoje ...
Nenhum comentário:
Postar um comentário