quarta-feira, 25 de maio de 2022

O Gambá Fantasma e os cuidados na transposição do urbano ao rural

 Um dos móveis da mamãe que levei para a sala de jantar do sítio ficou particularmente bem decorado; em suas estantes expostas alternaram-se peças delicadas de porcelana da mamãe  - um joguinho de chá mirim era meu brinquedinho de infância - e recordações minhas de viagens ou presentinhos que recebi há muito destinados a tal endereço ....



Entretanto, me foi vivamente recomendado, no ambiente rural que habito, não deixa-lo ao longo de minhas ausências assim a descoberto. 


Afinal, amiúde minha casa  serve de refúgio para gambás, que graciosos que sejam na natureza, podem criar prejuízos sérios dentro de ambientes domésticos, trotando ao longo das prateleiras  e reduzindo louças a caquinhos !  

Assim, dentre os lençóis trazidos para proteger isto e aquilo, organizo uma cobertura para envolver  todo o móvel, quando eu não estiver por lá, que sirva de proteção a estas peças de  decoração mais citadina ...


Fico na dúvida se gosto desta solução . tem um quê de castelo inglês, que só quando visitado - meio que apenas em temporadas de estio -  pelos lordes e ladies, é despojados dos panos que encobrem as mobílias. E eu quero , para o  meu sitio,  a informalidade viva de meu 2º (talvez em breve 1º) lar ! 

Também não me agrada colocar portas de vidro dividindo a visão da disposição dos adereços: talvez tenha de substituir estes objetos mais finos por outros mais rústicos. Há toda uma caixa deles que anda extraviada ; acho que veio para minha casa ao invés de para o sítio...

Enquanto isto o Gambá Fantasma - bichinho que, na real,  só vislumbrei uma vez  escapando de minha varanda o mias rápido que podia - continua entretendo minha imaginação campestre, sendo capaz das estripulias atribuídas pelo folclore ao Saci Pererê !!!  






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