sexta-feira, 2 de junho de 2023

O calendário da Amazônia: maio

 Um dia-a-dia agitadíssimo nesta penúltima semana  antes da viagem , antecipando compromissos , postergando outros , comprando os itens indispensáveis e os desejáveis (que nem sei se efetivamente vou usar, mas que fazem parte do charme de uma Expedição em uma Floresta ) ! 

 Neste sentido a aquisição de um binóculo para observar pássaros foi uma aventura, pois o modelo adequado tem especificações bem precisas (x8x42, o que eu nem tinha ideia do que seria !) , não havia tempo para  encomendar por Internet e acabei conseguindo comprar de um vizinho que acabava de entrar no grupo AMAJB do qual faço parte - fiz apelo em todos os meus contatos on-line ! - e que queria se desfazer do seu ! 




E aí vão as referências relativas a este mês de maio que mal findou ...

Peixe boi da Amazônia


Os peixes-bois são mamíferos aquáticos da ordem dos sirênios. O nome foi escolhido por causa do canto desses animais, que fez com que navegadores o associassem às mitológicas sereias.

Existem quatro espécies de peixe-boi no mundo, e uma delas vive apenas em água doce, aqui no Brasil, mais especificamente na Amazônia.

O peixe-boi-da-Amazônia, como é conhecido o Trichechus inunguis, é o menor dos peixes-bois e originalmente ocorria em toda a bacia dos rios Amazonas e Orinoco, chegando à Venezuela e à Colômbia. No entanto, esses animais despertam o interesse de caçadores por sua carne farta e seu óleo. A caça ao longo dos anos diminuiu consideravelmente sua população.

Gordurinhas acumuladas

O peixe-boi-da-Amazônia é um mamífero herbívoro – ou seja, se alimenta apenas de algas, aguapés e capim aquático. Mas de plantinha em plantinha, o peixe-boi chega a pesar 300kg e a medir 2,5m.

Ele se alimenta principalmente na época chuvosa, quando há mais disponibilidade de plantas. Passa até oito horas por dia comendo e chega a consumir 10% de seu peso em um único dia. Toda essa comida é armazenada em seu corpo em forma de gordura, para suprir suas necessidades energéticas durante a estação seca, quando há menos comida.

Quando as chuvas escasseiam, o peixe-boi-da-Amazônia sai dos pequenos igarapés, onde normalmente vive sozinho, para os grandes rios, onde se junta a grupos de quatro a oito indivíduos.

Sem proteção, o último refúgio para o peixe-boi-da-Amazônia pode ser o cativeiro.

Enquanto não está comendo...

O peixe-boi-da-Amazônia provavelmente está dormindo. Ele passa metade de seu dia dormindo dentro da água. Por ser um mamífero, ele precisa ir à superfície para respirar. Normalmente, respira em intervalos de um a cinco minutos, mas quando está dormindo, quietinho, consegue ficar submerso por até 25 minutos.

Enquanto seus parentes do mar, os peixes-bois marinhos, podem nadar tanto em água doce quanto em água salgada, o peixe-boi-da-Amazônia raramente se aventura em águas salgadas.

A capacidade de recuperação da população de peixes-bois é limitada devido ao seu longo ciclo reprodutivo. Cada fêmea de peixe-boi gera apenas um filhote de cada vez, com raros casos de gêmeos. Cada gestação dura 13 longos meses.

Depois que o filhote nasce, a mãe o amamenta por períodos de em média dois anos. A mamãe peixe-boi é muito zelosa: é ela quem ensina o bebê a nadar, a escolher seus alimentos e a subir à superfície para respirar. Mas todo esse cuidado significa que uma fêmea procria apenas a cada quatro anos.

Esse longo ciclo reprodutivo torna a conservação do peixe-boi-da-Amazônia ainda mais desafiadora. Além de coibir a caça e diminuir o número de mortes por acidentes com barcos, é imprescindível investir na conservação do habitat desses animais: a Amazônia.

Vitória régia  



Tenho tantos fotos da linda vitória régia em e inhas postagens que porcuro um angulo diferente para aqui falar desta flor ... 

 E aí segue ... 

... a lenda da vitória-régia, uma das mais conhecidas do folclore brasileiro, que pertence à cultura do Norte donde se origina.

Ela explica a origem da planta aquática vitória-régia, que é símbolo da Amazônia.

Segundo essa lenda indígena e amazônica, a vitória-régia é originalmente uma índia que se afogou após se inclinar no rio para tentar tocar o reflexo da Lua. Para os índios, a Lua era Jaci, deusa da Lua na mitologia tupi, que transformava as índias que escolhia em estrelas do céu.



Quando Jaci tocava nas índias, ela as transformava em estrelas. Naiá, que viria a ser transformada na vitória-régia, admirava a beleza de Jaci e queria muito que Jaci a transformasse numa estrela para viver ao seu lado.

Apesar de a tribo alertar Naiá que ela deixaria de ser índia se fosse levada por Jaci, ninguém conseguia convencê-la e, conforme o tempo passava, desejava cada vez se encontrar com ela.

Certa noite, sentada à beira do rio, a imagem da Lua estava sendo refletida na água. Assim, parecendo estar diante de Jaci, inconscientemente Naiá se inclina para a tocas, e cai no rio despertando da ilusão. No entanto, apesar do seu esforço, não consegue se salvar e morre afogada.

Ao saber o que tinha acontecido com Naiá, Jaci, com grande comoção, quis homenageá-la. Em vez de transformá-la em uma estrela como fazia com as outras índias, transformou-a em uma planta aquática, a vitória-régia, que é conhecida como a estrela das águas.

 Ah, que em meio a esta correria - onde o melhor de mim parece escapar de minha alma, na  necessidade de mil compras, um  gasto de minhas reservas de dinheiro  e equivalente inserção no mundo urbano - as estrelas do céu e das águas agasalhem o cerne significativo de  minha viagem a em suspenso ... 



 


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