Um dia-a-dia agitadíssimo nesta penúltima semana antes da viagem , antecipando compromissos , postergando outros , comprando os itens indispensáveis e os desejáveis (que nem sei se efetivamente vou usar, mas que fazem parte do charme de uma Expedição em uma Floresta ) !
Neste sentido a aquisição de um binóculo para observar pássaros foi uma aventura, pois o modelo adequado tem especificações bem precisas (x8x42, o que eu nem tinha ideia do que seria !) , não havia tempo para encomendar por Internet e acabei conseguindo comprar de um vizinho que acabava de entrar no grupo AMAJB do qual faço parte - fiz apelo em todos os meus contatos on-line ! - e que queria se desfazer do seu !
Peixe boi da Amazônia
Os peixes-bois são mamíferos aquáticos da ordem dos
sirênios. O nome foi escolhido por causa do canto desses animais, que fez com
que navegadores o associassem às mitológicas sereias.
Existem quatro espécies de peixe-boi no mundo, e uma delas vive apenas em água
doce, aqui no Brasil, mais especificamente na Amazônia.
O peixe-boi-da-Amazônia, como é conhecido o Trichechus inunguis, é
o menor dos peixes-bois e originalmente ocorria em toda a bacia dos rios
Amazonas e Orinoco, chegando à Venezuela e à Colômbia. No entanto, esses
animais despertam o interesse de caçadores por sua carne farta e seu óleo. A
caça ao longo dos anos diminuiu consideravelmente sua população.
Gordurinhas acumuladas
O peixe-boi-da-Amazônia é um mamífero herbívoro – ou seja,
se alimenta apenas de algas, aguapés e capim aquático. Mas de plantinha em
plantinha, o peixe-boi chega a pesar 300kg e a medir 2,5m.
Ele se alimenta principalmente na época chuvosa, quando há mais disponibilidade
de plantas. Passa até oito horas por dia comendo e chega a consumir 10% de seu
peso em um único dia. Toda essa comida é armazenada em seu corpo em forma de
gordura, para suprir suas necessidades energéticas durante a estação seca, quando
há menos comida.
Quando as chuvas escasseiam, o peixe-boi-da-Amazônia sai dos pequenos igarapés,
onde normalmente vive sozinho, para os grandes rios, onde se junta a grupos de
quatro a oito indivíduos.
Sem proteção, o último refúgio para o peixe-boi-da-Amazônia
pode ser o cativeiro.
Enquanto não está comendo...
O peixe-boi-da-Amazônia provavelmente está dormindo. Ele
passa metade de seu dia dormindo dentro da água. Por ser um mamífero, ele
precisa ir à superfície para respirar. Normalmente, respira em intervalos de um
a cinco minutos, mas quando está dormindo, quietinho, consegue ficar submerso
por até 25 minutos.
Enquanto seus parentes do mar, os peixes-bois marinhos, podem nadar tanto em
água doce quanto em água salgada, o peixe-boi-da-Amazônia raramente se aventura
em águas salgadas.
A capacidade de recuperação da população de peixes-bois é limitada devido ao
seu longo ciclo reprodutivo. Cada fêmea de peixe-boi gera apenas um filhote de
cada vez, com raros casos de gêmeos. Cada gestação dura 13 longos meses.
Depois que o filhote nasce, a mãe o amamenta por períodos de em média dois
anos. A mamãe peixe-boi é muito zelosa: é ela quem ensina o bebê a nadar, a
escolher seus alimentos e a subir à superfície para respirar. Mas todo esse
cuidado significa que uma fêmea procria apenas a cada quatro anos.
Esse longo ciclo reprodutivo torna a conservação do peixe-boi-da-Amazônia ainda
mais desafiadora. Além de coibir a caça e diminuir o número de mortes por
acidentes com barcos, é imprescindível investir na conservação do habitat
desses animais: a Amazônia.
Vitória régia
E aí segue ...
... a lenda da vitória-régia, uma das mais conhecidas do folclore brasileiro, que pertence à cultura do Norte donde se origina.
Ela explica a origem da planta aquática vitória-régia, que é
símbolo da Amazônia.
Segundo essa lenda indígena e amazônica, a vitória-régia é
originalmente uma índia que se afogou após se inclinar no rio para tentar tocar
o reflexo da Lua. Para os índios, a Lua era Jaci, deusa da Lua na mitologia
tupi, que transformava as índias que escolhia em estrelas do céu.
Quando Jaci tocava nas índias, ela as transformava em estrelas. Naiá, que viria a ser transformada na vitória-régia, admirava a beleza de Jaci e queria muito que Jaci a transformasse numa estrela para viver ao seu lado.
Apesar de a tribo alertar Naiá que ela deixaria de ser índia
se fosse levada por Jaci, ninguém conseguia convencê-la e, conforme o tempo
passava, desejava cada vez se encontrar com ela.
Certa noite, sentada à beira do rio, a imagem da Lua estava
sendo refletida na água. Assim, parecendo estar diante de Jaci,
inconscientemente Naiá se inclina para a tocas, e cai no rio despertando da
ilusão. No entanto, apesar do seu esforço, não consegue se salvar e morre
afogada.
Ao saber o que tinha acontecido com Naiá, Jaci, com grande
comoção, quis homenageá-la. Em vez de transformá-la em uma estrela como fazia
com as outras índias, transformou-a em uma planta aquática, a vitória-régia,
que é conhecida como a estrela das águas.
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