Repeti o presentinho improvisado para o convidado desconhecido |
Subi pensando em aperfeiçoar um pouquinho a feitura de minha arvorezinha de Natal muito simplificada, caprichando nos pacotes, nas mensagens, nas dedicatórias . Com presentinhos para a turma toda do sitio e mais o Vet que, desde que iniciei minha incipiente criação de jersey, vai mais lá.
... me faz erguer a cabeça e vislumbrar , de baixo, as flores gloriosa que, por voltarem-se, na copa horizontal, para cima, só me permitem perceber seu contorno por baixo...
O ciclo de renascimento - embora não constante - impressiona, malgrado a ele eu estar acostumada .
Como uma planta que era linda na casa de minha mãe, minguou e quase morreu quando chegou no sitio e rebrotou com algumas características novas, no mesmo lugar, na varanda.
No reino animal, as coisas não correram tão bem. Os dois bezerros (agora chamamos o Malhadinho de Elvis) crescem saudáveis. Concordando com a recomendação do Arlei , o Vet tentou inseminar a Amanda , mas ela expulsou o dispositivo, dois dias depois dele ir embora.
os azares da criação, coisa natural nas plagas
campesinas, não me é fácil.
Ainda mais quando envolve morte como aconteceu com o Foguete, o cavalinho do Maicol que teve cólica. Estive lá dando força - de uma forma semipagã, mágica - aos múltiplos cuidados veterinários.
Fiquei arrasada quando na 2a feira seguinte de manhã, soube que tinha morrido , não resistira...
Este ano que passou , tentei fazer um elo mais forte, em termos de projeto compartilhado , com o nosso Vet, de Campo - Cidade: como potencializar o melhor de cada um destes espaços para melhor servir à Floresta, nossa individualidade mais profunda !
Preparei para o Dr. Fabiano um café de Natal especial, com as coisinhas da Cidade e do Campo de sempre, inclusive docinhos da nossa Festa de 10 anos que havia congelado para ele. A mesa ficou linda (até rosbife com ciabatta tinha !)
E eu trouxe também presentinhos representando desde a viagem a Amazônia - sobre a qual conversamos tanto por WhatsApp, possivelmente, ele foi a pessoa que mais viu minhas fotos de lá ! - até mini-lembretes do Rio e uma bomboniere decorada com as fotos da Amanda e do Copérnico , com ele inclusive , com balas de leite da Kopenhagen e um cartãozinho daqueles meus, super-personalizado.
Observe-se como coloquei um recortinho do Copérnico , perto da vaquinha, de forma que ele faça parte do presépio ! |
Mas o presentinho em que fazia mais fé, para nosso diálogo era uma caprichada cópia de dois contos paradigmáticos de Miguel Torga, Nero, representando um pouco o arquétipo da mentalidade rural, rural que preza a segurança, o conhecido, a família, conforto + lazer etc. e Vicente, a mentalidade cosmopolita, que corre o risco, que tem ligação direta com o passado e o porvir da Humanidade, uma missão.
Foi uma aposta em um momento de curiosidade de meu caro VET no futuro. Embora eu ache que talvez ele só leria por educação, começo a achar qua não obstante toda a sua gentileza e boa vontade , há um abismo muito grande entre a mentalidade rural e a urbana ...
Não sei bem o que procuro nesta parceria de sentimentos/ideias, mas teria a ver com um investimento de outra natureza no que é pulsão de Vida , uma outra percepção/fruição de Estética em que o Bom e o Belo estivessem entrelaçados de outro jeito. Talvez nosso comum amor à Natureza seja muito mais pra mim também uma metáfora de outros conteúdos simbólicos ali encarnados do que para ele.
Também me parece que ele gosta mais de bichos grandes - vaca, cavalo - do que de bichos domésticos como a gente da cidade (também que outra escolha teríamos ?)
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