segunda-feira, 25 de dezembro de 2023

Sob o signo de resquícios de Tradição e muito estudo: Festas na Cidade

Não obstante minha decepção recente  com o Campo , a Cidade parece sobreviver de uma glória e de uma significação passadas. Como no dia de Natal, festa mundial, é certo , mas que perdeu muito do brilho simbólico que já teve. Não obstante, tento preservar  ainda algum sentido de Data Especial nas pequenas adaptações que faço destes referenciais, adaptados à minha vida cotidiana. 

Como sempre - em especial agora que já não tenho família de sangue alguma e vontade zero de sua  substituição  em termos  mais convencionais  - zelo por preservar as Tradições mais ligadas ao universo Público em estrito espaço privado .   

Ninguém se manda mais cartão de Natal no Rio, só Aninha me dá um todo ano - pois este bonito hábito continua na Inglaterra. Eu até já os deixo no mesmo lugar e vou acrescentando os novos ano-a-ano. 

Um dos presentes que  Ana me deu - sabonetes da Granado 
em caixinhas lindas com aves da Amazônia - virou adorno permanente.


Acho que, fora esta referência, o Natal pra mim subsiste só e singelamente em uma mesinha arrumada tendo por simbólica comidinhas especiais. 


Com frutinhas secas, frutas da Europa e dos trópicos (as uvinhas são as da velha parreira do sitio ) , o Panetone é uma concessão ao lugar-comum  e ainda  repito - de forma mais simplificada - o cartãozinho ao convidado desconhecido ( com um chocolate nele incluso) do sitio, versão citadina. 

Compro itens de ceia tradicional gostosos na Grano e Farina, padaria Gourmet perto de casa,  em especial seus maravilhosos bolinhos de bacalhau. 


Mas, só para mim, não vale a pena passar esta delicias para pratos de servir, em uma mesa posta tradicionalmente.  

Coloco o que vou comer num pratinho bonito, na véspera do Natal , mas não muito tarde  e o resto já vai mesmo para a geladeira, para durar ´para os feriados seguintes.

Só pra dar um charme, coloco em bandejinha de prata o sorvete de sobremesa , mas vou tirando direto do pote, no conforto da cama,  enquanto  assisto um bom filme na TV.

 
Na véspera do Ano Novo, bem cedinho, vou caminhar no Jardim Botânico, apreciar a floração do abricó de macaco que é como uma árvore de Natal, com enfeites vivos de extraordinária beleza.  




Explorando todo um diferente leque de simbolismos , minha 'ceia' do dia 31 é um combinado de sushi e sashimi , para dar um tom cosmopolita à abertura para o mundo que quero imprimir à minha vida na Cidade este ano. E , na cama, diante da TV  de novo, saboreio uma rabanada de sobremesa.  


Eu havia comprado muitas flores para enfeitar  a Passagem dos Anos, segundo 
atestada nos calendários . Espalhadas pela casa, pelas janelas, dão luminosidade e alegria aos ambientes e são a minha saudação pessoal ao Novo Ano. 





O resto do dia é de preguiça e de saborear os quitudes da geladeira . Eu havia comprado um pratinho novo bonito com um pássaro no Pão de Açúcar , que foi meu toque de inédito na mesa e na cama  !
 



E - dado um tanto ou quanto peculiar a este trânsito entre 2023 e 2024 - li, estudei e escrevi muito nos dois longos fins de e semana, em que ca´´iram as datas festivas. Foi Festa da Alma, pra mi, também !!! 












 




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